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Greve do Transporte no DF: Empresas não cumpriram acordo

Publicado em: 05/07/2012

Os motoristas e cobradores paralisaram as atividades nesta terça, reivindicando um reajuste de 7,88%, que segundo o sindicato a categoria, havia sido acertado em convenção coletiva e deveria começar a ser pago nos salários de maio, o que não ocorreu. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Coletivos do DF (Setransp), Wagner Canhedo Filho, o GDF não repassou subsídios suficientes para o cumprimento.  “Não estamos discutindo a reivindicação da categoria. Nós assinamos o acordo e ele será cumprido, de um jeito ou de outro”, afirmou.

Uma previsão de reajuste de 7,88% nos salários, na cesta básica e no ticket refeição em 2011 acertada entre rodoviários e empresas evitou a greve geral da categoria. O acordo previa a manutenção de benefícios garantidos no acordo coletivo de 2010, e pagamento de R$ 150 por trabalhador para garantir plano de saúde e de R$ 15 para seguro odontológico.

Segundo o presidente do sindicato da categoria, João Osório, 13 mil rodoviários, incluindo motoristas e cobradores das cooperativas de transporte devem ter parado suas atividades, mas nesta sexta (06) voltam a trabalhar normalmente, ao menos até o domingo (08), quando uma assembleia deve decidir sobre possível greve geral da categoria.

Sem aumento na passagem – O diretor geral do DFTrans Marco Antônio Campanella afirmou que os subsídios enviados às empresas de transporte coletivo no DF são o suficiente para que os empresários possam honrar os acordos firmados com os rodoviários, sem aumentar o preço da passagem e que no ano passado, teriam sido repassados dois subsídios para este fim. “Essa medida foi tomada pelo governador Agnelo Queiroz (PT-DF) com o objetivo de evitar essa confusão que estamos enfrentando hoje. Posso afirmar que esses recursos que estamos repassando aos empresários já é o suficiente para que eles cumpram com o acordo coletivo”, disse.

Campanella admite que o preço das passagens está desatualizado e deve ser reajustado em um futuro próximo, já que está congelado desde 2006. “Vamos rever essa questão da tarifa em momento oportuno, porque o transporte público não é de qualidade e funciona de forma precária”.

Canhedo afirma que não é verdade e que o GDF estaria manipulando os valores da planilha. “Não é verdade que esses subsídios são suficientes. Nós já enviamos documentos comprovando que nós pagamos aos rodoviários muito mais do que o DFTrans nos paga com esses subsídios. Nós pagamos muito mais e estamos no prejuízo. O que acontece é que o DFTrans e o GDF estão manipulando esses valores e fazendo afirmações sem fundamento para prejudicar a nossa imagem perante a sociedade”, acusou.

Usuários – Enquanto Empresas, GDF e rodoviários não resolvem a pendenga, os usuários do sistema de transporte ficam na mão. Durante todo o dia, os pontos de ônibus no entorno do Distrito Federal estiveram lotados. Na Rodoviária do Plano Piloto grande parte dos passageiros recorreu ao transporte pirata para chegar ao trabalho, mesmo a um preço alto. Para amenizar tentar amenizar, o Metrô passou a funcionar às 5h30, meia hora antes do horário normal, e disponibilizou trens extras para os horários de pico (das 6h às 9h e das 16h30 às 20h).

Com a paralisação dos rodoviários nesta quinta (05), o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) decidiu, em parceria com o Detran-DF e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), liberar o tráfego nos corredores exclusivos para ônibus, táxis e escolares.

A medida deve valer até as 24h desta quinta. Para o DFTrans, a liberação das faixas exclusivas deve diminuir os transtornos devido aos prováveis congestionamentos. Atualmente, os corredores exclusivos estão implantados na EPTG, EPNB, W3 Sul, W3 Norte e Setor Policial Sul.

 

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