No dia que o ex-jogador de futebol da Seleção Brasileira, Mané Garrincha, completaria 78 anos de idade, o distrital Cláudio Abrantes usou a tribuna da Câmara Legislativa para protestar contra a intenção de se trocar o nome do estádio de futebol do Distrito Federal, “por imposição da FIFA”, criticou.
“É triste, um país sem memória. Rui Barbosa disse que isso significa uma nação sem futuro”, declarou Abrantes. Nas palavras do deputado, justamente no dia que Garrincha faria aniversário as notícias são de que a arena que hoje leva ao seu nome poderá vir a ser batizada como Estádio Nacional.
Abrantes ressaltou que Mané Garrincha foi considerado o segundo melhor atleta do Século 20, reconhecido em vários países, enquanto aqui a memória do ex-craque vive no descaso. “Recentemente, li matéria sobre o tumulo dele em Magé no Rio de Janeiro, que está largado, que está localizado num local emprestado, um túmulo que deveria ser substituído por um mausoléu pela prefeitura daquela cidade, o que nunca ocorreu”.
Mané Garrincha, na Copa de 62, destacou Abrantes, foi o grande nome do Brasil. “Levou a seleção à frente quando o Pelé se machucou. Defendeu grandes clubes do Brasil como Botafogo e Corinthians, que apesar das deficiências físicas (tinha um perna seis centímetros que a outra), foi um gênio.
“Venho aqui me manifestar contrário a intenção da FIFA querer opinar no nome do estádio. Ela é um organismo internacional, não é do Brasil e quer nos imputar essa ideia, tirar a nossa soberania?” , completou Abrantes.
O deputado frisou que concorda que a arena passe a se chamar Estádio Nacional, “desde que Mané Garrincha”. Para ele, é o povo que de fato dá o nome dos monumentos. Nessa lógica, ele prevê que nenhum cidadão do Distrito Federal vai chamar de Estádio de Nacional, pois a tendência é que mantenham, ainda que emotivamente, Mané Garrincha. “Os nossos estádios têm referências afetivas, e ao falar de pessoa como Garrincha, estamos falando de nossos ídolos”
