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Oposição tenta emplacar CPI para investigar envolvimento de Agnelo em desvios do Ministério do Esporte

Publicado em: 18/10/2011

Os debates no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal esquentaram na tarde desta quarta-feira (18), depois que deputados de oposição aproveitaram as denúncias contra o ministro dos Esportes Orlando Silva – que teria recebido propina de entidades do programa Segundo Tempo – para exigir esclarecimentos do governador Agnelo Queiroz, ex-titular da pasta quando da assinatura de um dos convênios com as ONGs envolvidas no suposto esquema de corrupção. As acusações foram feitas pelo soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira e por seu funcionário Célio Soares Pereira, nas páginas da revista Veja.

A deputada Celina Leão (PSD) encaminhou um pedido de CPI para investigar o Programa Segundo Tempo e os desdobramentos da Operação Shaolin, desencadeada pela Polícia Federal em 2008 e que envolve também desvios do Ministério do Esporte. Ela disse ainda que vai convidar João Dias para falar sobre o caso na Comissão de Ética e Direitos Humanos. O depoimento, no entanto, ainda não tem data marcada.

A deputada também provocou o governador: “Muito coerente a posição do ministro Silva, que se antecipou aos pedidos de esclarecimento necessários em casos como este. O mesmo, no entanto, não podemos dizer do governador Agnelo Queiroz, que se pronunciou apenas por uma nota de sua assessoria de comunicação”, espetou.

O líder do Governo, deputado Wasny de Roure (PT), contestou as afirmações, declarou que ainda não foram apresentadas provas que confirmem as denúncias e criticou o comportamento da imprensa no caso. “A Veja, todos sabem, quer destruir a esquerda. E não é a primeira vez que está revista faz acusações sem provas e sem fundamento. Hoje, temos instituições maduras como a Polícia Federal e o Ministério Público, que agirão no tempo certo para apurar todas as responsabilidades” destacou.

O líder do PT, deputado Chico Vigilante, fez coro e lembrou a antiga alcunha do Procurador-Geral da República do Governo Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Brindeiro. “Antigamente tínhamos a figura do Engavetador-Geral da República. Mas desde o Governo Lula, e agora nos Governos da presidente Dilma e do governador Agnelo as Polícias Cívil e Federal investigam e a Justiça, julga”, disse.

 

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