A Educação Ambiental na Reconstrução do Brasil foi anunciada em ação conjunta pelos Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA) na segunda-feira (30), em Brasília. Na ocasião foi reinstituído o Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (OG/PNEA) e a posse dos integrantes do Comitê Assessor do (OG/PNEA), composto pelos representantes de vários setores, incluindo a ABI, que será representada pela coordenadora da Comissão de Meio Ambiente, Zilda Cosme Ferreira.
A abertura do evento foi conduzida pela Secretária Executiva do MEC, Izolda Cela, representando o Ministro da Educação, Camilo Santana; pela Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva e pela Secretária de Alfabetização de Jovens, Diversidade e Inclusão, Zara Figueiredo. O encontro debateu a retomada das Políticas Públicas de Educação Ambiental do Governo Federal. Os debates sobre os desafios dessa iniciativa, como previa o evento, foram até o dia 31 de outubro com os representantes do Governo Federal e da Sociedade Civil que atuam com essa temática.
A Ministra Marina Silva destacou que a mudança climática deve ser prioridade. Ela citou os casos recentes de seca extrema, enchentes e o papel da Educação Ambiental nesse contexto. “Os jovens têm um papel a desempenhar nessa transformação afirmou, enfatizando que “a gente precisa construir um presente a partir do futuro que a gente quer alcançar”.
A Secretária Executiva do MEC, Izolda Cela, ressaltou o compromisso do Governo Federal em ampliar as frentes de práticas pela preservação do Meio Ambiente e o papel transformador da Educação.
APOCALIPSE AMBIENTAL IMINENTE
Após reflexões e debates ficou claro aos participantes que se a sociedade civil não apoiar e defender a implementação dessa iniciativa de uma Educação Ambiental transformadora e também não cooperar com práticas de preservação do meio ambiente o apocalipse é iminente.
É preciso reconhecer os esforços do MMA para realizar essa transformação proposta e também a competência do MEC para ajudar a implementá-la. Mas, é difícil concretizá-la, diante da destruição feita nos últimos governos e pelas dificuldades impostas ao atual Presidente da República pelo Congresso, além de alguns setores do mercado e da mídia.
A condução da Educação Ambiental no MMA é feita pelo professor Marcos Sorrentino, que já foi Diretor da Educação Ambiental do MMA, de 2003 a 2008 e de 2012 a 2014.
O Comitê Assessor foi nomeado pela Portaria Interministerial GM/MMA/MEC n°810 de 26 de outubro de 2023, e empossado no dia 30 para legitimar o papel oficial desses representantes da Sociedade Civil.
O Comitê Assessor é formado por representantes das seguintes instituições: Comissões Interinstitucionais Estaduais de Educação Ambiental, Confederação Nacional do Comércio, União Geral dos Trabalhadores, Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Conselho Nacional de Meio Ambiente, Conselho Nacional de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Associação Brasileira de Imprensa, Associação de Entidades Estaduais de Meio Ambiente e Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais.
“A Comissão de Meio Ambiente da Associação Brasileira de Imprensa tem como responsabilidade denunciar os crimes ambientais e suas causas. Este trabalho é fundamental para promover a Educação Ambiental Informal, papel dos meios de comunicação. Como exemplo do nosso trabalho, fazemos a necessária campanha pelo Direito Humano à Água Potável e Saneamento. A ABI sempre lutou pela garantia dos direitos humanos. E defender o direto à água é defender a vida”, disse Zilda Ferreira, em nome da ABI.
“Há uma Proposta de Emenda Constitucional na Câmara dos Deputados, já aprovada no Senado, que determina o cumprimento desse direito, conforme resolução da ONU de 2010. Esperamos que os deputados federais aprovem a PEC e o Direito à Água seja garantido pela Constituição Federal”, acrescentou.
“A ABI pretende também fazer parcerias com universidades – se possível, a USP seria a primeira – para ministrar cursos online de Educomunicação a jornalistas, professores e estudantes interessados. A Educomunicação é fundamental à conscientização dos nossos reais problemas ambientais”, concluiu.
Fonte: ABI