O ditador do de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro mandou cancelar todas as assinaturas do jornal Folha de São Paulo, um dos principais jornais do país, no governo federal. Em entrevista à TV Bandeirantes nesta quinta-feira (31), o ditador afirmou que não dá para confiar no jornal e que a publicação “envenena o governo”.
“Determinei que todo o governo federal rescinda e cancele a assinatura da Folha de S.Paulo. A ordem que eu dei [é que] nenhum órgão do meu governo vai receber o jornal Folha de S.Paulo aqui em Brasília. Está determinado. É o que eu posso fazer, mas nada além disso”, disse Bolsonaro espumando de satisfação.
O apresentador José Luís Datena chegou a questionar o presidente se isso não era uma forma de censura, mas ele negou. “Não é uma forma de censura, nada.”, disse o ditador.
Essa não é a primeira ofensiva de censura do presidente contra veículos da imprensa. Desde que foi eleito Jair Bolsonaro não faz outra coisa a não ser ameaçar a imprensa. Nesta semana, quando ainda estava em Abu Dhabi , ele disse que existia a possibilidade de que a concessão da Rede Globo não fosse renovada . Sem saber, claro, que quem conceda renovação de redes de TV e Rádios é o Congresso, e não o presidente.
Um dia antes da ameaça do presidente, o Jornal Nacional tinha revelado em reportagem que um porteiro do condomínio onde ele mora, no Rio de Janeiro, citou seu nome em depoimento prestado à Polícia Civil no âmbito das investigações da morte da vereadora Marielle Franco .
O funcionário teria dito que o ex-PM Élcio Queiroz, suspeito de estar envolvido no assassinato da ex-vereadora, foi até o condomínio e interfonou para a casa de Bolsonaro horas antes do homicídio. Ao entrar no local, no entanto, Élcio teria se dirigido à casa de Ronnie Lessa, suspeito de ter efetuado os disparos contra Marielle e o motorista Anderson Gomes.
Após a repercussão do caso trazido pelo JN, o Ministério Público do Rio teve acesso aos áudios do interfone do condomínio e disse que o porteiro mentiu as dizer que Bolsonaro liberou a entrada de Élcio no condomínio. Episódio que revelou que o Ministério Público do Rio de Janeiro tenha sido supostamente coagido para, açodadamente, sem investigação de todos os fatos, ter construido essa narrativa.
“Todas as pessoas que prestam falsos testemunhos podem ser processadas”, disse a coordenadora do Gaeco, Simone Sibilio. “Se ele esqueceu, se ele mentiu… qualquer coisa pode ter acontecido. Ele pode esclarecer. Simples assim.”
A coordenadora, Simone Sibilio, também está sujeita a investigação e punição.
Com informações do IG