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Manuela D’Avila divulga nota e manda advogado entregar seu telefone a polícia

Publicado em: 26/07/2019

O hacker de Araraguara, Walter Delgatti Neto, o Vermelho’, disse em depoimento nesta sexta-feira (25), que conseguiu o contato de Glenn Greenwal com Manuela D’Ávila, ex-deputada e condidata à vice-presidente em 2018 na chapa com Haddad. Segundo ele, “ela quem fez a ponte”.

Ele diz ter procurado a ex-deputada, que desconfiou de seu relato sobre o hackeamento, e que chegou a enviar um áudio de procuradores da Lava Jato para convencê-la de que obteve o material.

Em razão das insinuações do suposto hacker, Manuela d’Ávila (PCdoB) emitiu nota na noite desta sexta-feira (26) para esclarecer os fatos quanto ao depoimento prestado na Polícia Federal, onde esclarece o episódio, se colocando à disposição para prestar esclarecimentos, e orientando seu advogado a entregar à polícia cópias das mensagens que recebeu e colocando seu aparelho celular à disposição da perícia.

Nota de Manuela:

Tomando ciência, pela imprensa, de alusões feitas ao meu nome na investigação de fatos divulgados pelo “The Intercept Brasil”, e por me encontrar no exterior em atividades programadas desde o início do corrente ano, esclareço que:

1. No dia 12 de maio, fui comunicada pelo aplicativo Telegram de que, naquele mesmo dia, meu dispositivo havia sido invadido no Estado da Virginia, Estados Unidos. Minutos depois, pelo mesmo aplicativo, recebi mensagem de pessoa que, inicialmente, se identificou como alguém inserido na minha lista de contatos para, a seguir, afirmar que não era quem eu supunha que fosse, mas que era alguém que tinha obtido provas de graves atos ilícitos praticados por autoridades brasileiras. Sem se identificar, mas dizendo morar no exterior, afirmou que queria divulgar o material por ele coletado para o bem do país, sem falar ou insinuar que pretendia receber pagamento ou vantagem de qualquer natureza.

2. Pela invasão do meu celular e pelas mensagens enviadas, imaginei que se tratasse de alguma armadilha montada por meus adversários políticos. Por isso, apesar de ser jornalista e por estar apta a produzir matérias com sigilo de fonte, repassei ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado jornalista investigativo Glenn Greenwald.

3. Desconheço, portanto, a identidade de quem invadiu meu celular, e desde já, me coloco a inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração. Estou, por isso, orientando os meus advogados a procederem a imediata entrega das cópias das mensagens que recebi pelo aplicativo Telegram à Polícia Federal, bem como a formalmente informarem, a quem de direito, que estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular à exame pericial.

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