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Militar preso com 39kg de cocaína no avião presidencial, apoiou Bolsonaro e fazia arminha nas redes sociais

Publicado em: 27/06/2019

O militar brasileiro Manoel Silva Rodrigues preso em Sevilha, na Espanha, com 39 quilos de cocaína, e que transportou a droga apreendida no avião da FAB, reserva da presidência da República, é mais um “cidadão do bem”, pastor evangélico e filiado ao PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

O sargento da aeronáutica, estava escaldo para fazer a viagem de volta como tripulante no avião do presidente Jair Bolsonaro entre Sevilha e o Brasil. Bolsonaro está no Japão para a reunião do G20.

O sargento já havia acompanhado Bolsonaro em outra viagem, de Brasília a São Paulo, no dia 27 de fevereiro. Na ocasião, a agenda oficial da Presidência consta que Bolsonaro foi realizar exames médicos na capital paulista.

Informações do Portal da Transparência mostram que Manoel Silva Rodrigues foi reembolsado em R$ 201 por despesa de viagem em 27 de fevereiro, sob a seguinte justificativa:

SC – 01.52 TRANSPORTE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

No Twitter, Jair Bolsonaro disse que a prisão do militar na Espanha “não tem relação com sua equipe”. Mas o Comando da Aeronáutica divulgou nota dizendo que o “sargento partiu do Brasil em missão de apoio à viagem presidencial”.

O governo tem demonstrado desconforto com o episódio e divulgou diferentes versões sobre a participação do militar na viagem de Bolsonaro ao Japão – que tinha escala prevista em Sevilha, repentinamente mudada para Lisboa.

Primeiro, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que o militar integraria a equipe do voo no retorno de Bolsonaro para o Brasil. Depois, Bolsonaro e Mourão passaram a dizer que o sargento não tinha relação com a equipe presidencial.

Por fim, o Comando da Aeronáutica confirmou que o sargento estava em “missão de apoio à viagem presidencial”, mas não integraria a tripulação da aeronave presidencial.

Ainda segundo o Portal da Transparência, o salário do sargento Manoel Rodrigues é de R$ 7.298. Nas redes sociais, o militar publicava fotos fazendo arminha com as mãos em atos pró-Bolsonaro e se comportava como um militante da moralidade, da ética e dos bons costumes. Seus perfis foi apagado rapidamente após sua prisão.

Entre 18 e 20 de março, Manoel Rodrigues participou de outra viagem com a comitiva presidencial. O objetivo: “transporte do escalão avançado da Presidência”. Em 24 de maio, o sargento da aeronáutica fez bate-volta de Brasília a Recife, acompanhando Jair Bolsonaro, que passou todo o dia em Pernambuco.

Nesta quarta-feira (26), os senadores Randolfe Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Wetervon Rocha (PDT-MA) apresentaram requerimento para convidar o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, para prestar esclarecimentos à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado sobre o caso.

 

Com informações do Pragmatismo Político

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