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Enfermeiros ameaçam entrar em greve

Publicado em: 19/10/2011

Representantes do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal se reuniram com o secretário de governo, Paulo Tadeu, na manhã desta quarta-feira (19), no Palácio do Buriti, por iniciativa do deputado Chico Vigilante, líder do Bloco PT/PRB, na Câmara Legislativa. Os profissionais reivindicam a incorporação salarial – Gratificação por Atividades (GAE) semelhante à concedida aos médicos.

 

A presidente do sindicato dos Enfermeiros, Fátima Aparecida, explicou que a categoria firmou um acordo com o GDF no mês de maio deste ano, que estabelecido um reajuste para o mês de junho. “Mas até agora não conseguimos nada”, explicou ela. A categoria ameaça entrar em greve nos próximos dias.

Paulo Tadeu explicou que o governo está no limite de gastos com base na Lei de Responsabilidade Fiscal. Reforçou as dificuldades encontradas pelo atual governo, fruto da falta de gestão e de comprometimento dos governos passados. O secretário foi taxativo e disse que há uma cultura de falta de compromisso e gerenciamento dentro do serviço público. “Será preciso um trabalho duro de mudança de cultura dentro do serviço público, que hoje virou um bico para muitos trabalhadores”, afirmou Paulo Tadeu.

O secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, explicou detalhadamente a situação financeira do governo e o impacto que novos aumentos acarretariam na folha, neste ano, com base no limite determinado pela LRF. “Nenhum governo do DF chegou a 46.42% da LRF para pagar servidores e nós chegamos”.

O secretário observou que o GDF poderia recorrer à LRF para não cumprir acordos firmados nos dois últimos governos, com algumas categorias, mas optou por não dar o calote nos servidores. “Temos compromisso com o servidor público. Não vamos fazer reforma neoliberal e nem o trabalhador terá perdas salariais, mas será preciso um choque de gestão”, avaliou.  Politicamente, explicou Paulo Tadeu, a decisão é consensual, o governo tem compromisso de tratar de modo igualitário todos os servidores. “Temos que cria condições para que isso aconteça”, esclareceu.

Por sugestão do deputado Chico Vigilante, o secretário se reunirá nas próximas horas com a área econômica do Governo (Secretária de Planejamento e Gestão) para buscar uma solução que atenda os servidores, com data e valores definidos. “A categoria não entende explicações técnicas e se sente discriminada em relação aos demais servidores que obtiveram a incorporação, por isso, proponho uma reunião com o secretário de Planejamento e Gestão para se discutir as condições possíveis e defina um prazo: como e quando a incorporação pode ser feita”, afirmou Chico Vigilante.

Melhorias na saúde

O secretário Paulo Tadeu observou que o GDF pagou reajustes salariais e ticket alimentação, contratou quatro mil servidores de saúde e fortaleceu as políticas públicas das UPAS. “A saúde é prioridade no nosso governo, mas para melhorar, de fato, o sistema e dar a resposta que a sociedade merece, teremos que mudar a cultura do servidor público”, reforçou o secretário. Ele disse também que o GDF desenvolve neste momento uma série de mudanças na saúde pública, do ponto de vista gerencial. E referência ao Plano Plurianual encaminhado pelo Executivo à CLDF, Paulo Tadeu informou: “O nosso orçamento na Câmara Legislativa é todo para a área social, quase nada para obras”.

Participaram também da reunião o deputado Washington Mesquita, além de representantes da categoria de enfermeiros.

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