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Periferia sangrenta

Publicado em: 06/06/2011

 

 

 A violência no entorno do Distrito Federal tomou proporções vergonhosas. Quatro cidades da periferia de Brasília estão entre as zonas mais perigosas do mundo. São elas: Novo Gama, Luziânia, Águas Lindas de Goiás e Valparaíso de Goiás. Com a aproximação do final de semana, a polícia intensifica as rondas nas quatro cidades, já que as estatísticas mostram que casos de homicídio apresentam aumento nestes dias. Mesmo com a intervenção federal, na presença da Força Nacional para reforçar a segurança no Entorno, os índices continuam alarmantes.

 O Vice-presidente da Câmara Legislativa, Dr. Michel, que também é delegado, acredita que estes altos índices poderiam ser combatidos, se não houvesse a “o emperramento da máquina administrativa, no que tange ao policiamento”. Em outras palavras, Michel acredita que a burocracia se tornou um empecilho nas ações de combate a violência.  E em situações distintas a “papelada” atrapalha a atuação da segurança pública.

De acordo com Michel, a deprecação, por exemplo, que é o direito de pedir a um juiz ou tribunal, o cumprimento de um mandado ou uma diligência, pode ser considerada um entrave nas ações policiais. “Os mandatos de prisões, não podem ser cumpridos porque tem que ser deprecados, e só podemos fazer isso, quando temos o documento original, bem como a sentença que decretou a prisão”, explicou Michel.

Antes da efetiva prisão se um indivíduo há vários procedimentos legais a serem feitos. “Um juiz de outra comarca, ou de outro estado já decretou a prisão, mas temos que levá-la ao juiz de Brasília, para que ele dê o ‘de acordo’ com o juiz do outro estado, antes de efetivar a prisão”, esclareceu. O deputado ainda cita que o Código do Processo Penal é ultrapassado, e acaba por tornar-se outro empecilho, na atuação da segurança pública. “Um policial de um estado específico, não pode prender alguém de outro estado, a não ser com autorização judicial”, expôs.

Como solução para combater a violência do entorno, Michel acredita ser possível se fazer acordos entre as polícias dos estados. “Podemos fazer convênios entre a polícia de Brasília, do Goiás, de Minas Gerais, e até mesmo da Bahia”, sugeriu. Michel recorda que em 1987 e 1988, houve esse tipo de convênio. “Nesse período buscávamos o bandido, em cidades como formosa, Luziânia, Valparaíso. Esse convênio acabou, e hoje quem emperra a investigação é a burocracia”, avaliou.

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