BBS – O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, assinou, nesta terça-feira (8), portarias relacionadas ao período de transição do novo governo que tem Luís Inácio Lula da Silva como presidente-eleito da República. Uma delas nomeia três coordenadores do processo: a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, que vai gerir a articulação política do gabinete de transição; o petista Aloizio Mercadante, coordenador do grupo técnico do gabinete; e o ex-deputado pessedebista Floriano Pesaro, coordenador-executivo do gabinete. A primeira dama, Janja da Silva, coordenará a organização da posse presidencial, que ocorrerá em 1º de janeiro de 2023.
Outra portaria assinada por Alkimin criou uma espécie de conselho político reunindo lideranças de siglas integrantes da coligação que elegeu Lula (PT) como presidente da República e de outras legendas. O grupo tem os seguintes membros: Gleisi Hoffmann (PT), Carlos Siqueira (PSB), Daniel Tourinho (Agir), Felipe Espírito Santo (Pros), Antonio Brito (PSD), Guilherme Ítalo (Avante), Jeferson Coriteac (Solidariedade), José Luiz Penna (PV), Juliano Medeiros (PSOL), Luciana Santos (PC do B), Wesley Diogenes (Rede) e Wolnei Queiroz (PDT).
Alkimin anunciou também uma medida que põe fim ao Mistério da Economia e Assistência Social para integrantes da equipe de transição iniciarem os trabalhos nessas áreas consideradas centrais pelo novo governo. Cada área terá um grupo técnico responsável. A equipe de peso contará, a primeira, com os economistas André Lara Resende e Persio Arida, que estão entre os mentores do Plano Real; o professor de Economia da Unicamp Guilherme Mello, que assessorou a campanha de Lula no tema; e o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Nelson Barbosa.
O núcleo de Assistência Social terá os nomes de Simone Tebet, senadora e candidata a presidenta da República no primeiro turno pelo MDB; as ex-ministras do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello e Márcia Lopes, que atuaram no governo Dilma (PT); e o deputado estadual pelo PT de Minas Gerais André Quitino, que foi vice de Alexandre Kallil na chapa que concorreu ao governo do estado.
Durante o anúncio, Alckmin lembrou as palavras do presidente eleito Lula e afirmou que aqueles que vão participar do governo de transição não têm relação direta com a posterior nomeação para ministérios ou para o governo como questões distintas. O grupo terá como sede o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, espaço que há 20 anos abriga os políticos, gestores e assessores que atuam nesse trabalho de transição de gestão. O trabalho da equipe vai durar 50 dias.
Ao todo, são 31 grupos técnicos, a saber: Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Assistência social; Centro de Governo; Cidades; Ciência, Tecnologia e Inovação; Comunicações; Cultura; Defesa; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento regional; Direitos humanos; Economia; Educação; Esporte; Igualdade Racial; Indústria, comércio e serviços; Infraestrutura; Inteligência estratégica; Justiça e Segurança pública; Meio ambiente; Minas e Energia; Mulheres; Pesca; Planejamento, Orçamento e Gestão; Povos originários; Previdência social; Relações Exteriores; Saúde; Trabalho; Transparência, Integridade e Controle; Turismo.
