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Família de Marielle Franco não quer Sérgio Moro nas investigações

Publicado em: 03/11/2019

Do UOL  – A família de Marielle Franco defendeu neste sábado (2) que as investigações sobre o assassinato da vereadora do PSOL e o motorista Anderson Gomes permanecem na esfera estadual. Na sexta-feira (1), o ministro da Justiça, Sergio Moro, propôs uma federalização do caso.

Em nota, eles dizem que Moro sempre demonstrou pouco interesse com o episódio e só falou em federalização após menção ao presidente Jair Bolsonaro . “Acreditamos que Sergio Moro contribuiu muito mais se deixou de investigar”, afirmou os familiares.

A nota é assinada pelos pais de Marielle, Antônio Francisco da Silva e Marinete Silva, pela irmã, Anielle Franco e pela viúva, Mônica Benício. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), de quem Marielle foi assessora, também é signatário. Luyara Santos, filha de Marielle, também assina uma nota.

Em um evento em Curitiba na sexta-feira, o Moro alegou que “considerando uma demora de identificação dos mandantes e essas reiteradas tentativas de obstrução da Justiça, talvez seja o caso realmente de federalização”. A transferência das investigações foi defendida pela ex-procuradora geral da República , Raquel Dodge, antes de deixar a carga.

“O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro obteve avanços importantes e, por isso, somos favoráveis a que a instituição permaneça responsável pela elucidação do caso”, contestam os familiares, na nota divulgada neste sábado.

​Reportagem do Jornal Nacional de terça-feira (29) apontou que um porteiro (cujo nome não foi revelado) disse à Polícia Civil que, no dia do assassinato da vereadora, Élcio Queiroz, ex-policial militar suspeito de envolvimento no crime, afirmou na portaria do condomínio que iria à casa de Bolsonaro, na época deputado federal.

A versão foi refutada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que afirmou que a versão apresentada no depoimento não corresponde aos fatos apurados durante a investigação.

Nesta quinta (31), a Folha mostrou que há problemas na perícia encomendada pela Promotoria.

Na sexta, a promotora Carmen Carvalho decidiu se afastar das investigações após repercussão negativa de fotos de Carvalho apoio Bolsonaro e ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), que quebrou a placa em homenagem à vereadora assassinada.

A Folha apurou que a viúva e a irmã de Marielle respectivamente, eram contra a permanência de Carvalho no caso. A promotora, contudo, recebeu o apoio dos pais da vereadora e da viúva de Anderson Gomes, Agatha Arnaus Reis.

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