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Neto do general João Figueiredo e filho de Francisco Cuoco são alvos da Operação Circus Máximus

Publicado em: 30/01/2019

A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (29) mandados de prisão e busca apreensão, expedidos pela 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, em uma operação que investiga esquema de pagamento de propinas a diretores e ex-diretores do BRB, Banco Regional de Brasília, em troca de investimentos em projetos como o do extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro, hoje LSH Lifestyle.

Segundo informações do jornalista Fábio Fabrini, na Folha de S.Paulo, entre os alvos dos mandados de prisão estão Diogo Cuoco, filho do ator Francisco Cuoco, e Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do general João Baptista Figueiredo – último presidente brasileiro na ditadura militar (1979-1985) -, que estaria morando no exterior. Adriana Cuoco, nora do ator, também seria alvo de busca e apreensão.

Paulo Renato se associou em 2013 ao presidente americano, Donal Trump, para explorar o hotel de luxo, na Barra da Tijuca. A Trump Organization – propriedade do mandatário – cedeu sua marca para o empreendimento até 2016, mas se retirou do negócio depois que ele passou a ser investigado.

Segundo documentos da operação, obtidos pela Folha, ao menos R$ 16,5 milhões em subornos foram pagos a dirigentes do BRB para que eles liberassem recursos de fundos de pensão de estatais e de órgãos públicos, administrados pelo banco, e da própria instituição financeira para os projetos que davam prejuízo e não passavam por análise técnica adequada, entre eles o do hotel.

Entre os investigados estão o presidente licenciado do BRB, Vasco Cunha Gonçalves, recém nomeado para presidir o Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), além dos diretores Financeiro e de Relações com Investidores, Nilban de Melo Júnior, e de Serviços

e Produtos, Marco Aurélio Monteiro de Castro. Os três são alvo de mandados de prisão. (transcrita da Fórum)

Leia a reportagem completa na Folha de S.Paulo.

Ao pedir a prisão do neto do ex-presidente general João Figueiredo(1979-1985), Paulo Figueiredo Filho, e do filho do ator Francisco Cuoco, Diogo Cuoco, a Procuradoria da República no Distrito Federal detalhou o envolvimento de ambos com supostas propinas e lavagem de dinheiro envolvendo fraudes em aportes do Banco Regional de Brasília. Eles foram presos preventivamente no âmbito da Operação Circus Máximus, deflagrada nesta terça-feira, 29.
A Procuradoria sustenta que uma organização criminosa se instalou no Banco de Brasília (BRB), desde 2014, e vem praticando, junto com empresários e agentes financeiros autônomos, crimes contra o sistema financeiro, corrupção, lavagem de dinheiro e gestão temerária.
Paulo Figueiredo Filho é um dos sócios de um Fundo de Investimento ancorado na construção do Trump Hotel na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A Procuradoria dá conta de que o Fundo passou a ser investigado pela força-tarefa Greenfield em 2016, já que foram feitos aportes pelo Serpros.
A Greenfield revela que Henrique Domingues Neto, da corretora BIAM DTVM, ofereceu a Ricardo Rodrigues, sócio de Figueiredo Filho, um aporte de R$ 3 milhões do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Santos. Em contrapartida, deveria ser feito um pagamento de R$ 25 mil em favor de Ricardo Leal, que era conselheiro de administração do Banco de Brasília e havia sido tesoureiro da campanha de Rodrigo Rollemberg ao governo de Brasília, em 2014, segundo afirma o Ministério Público Federal. A Procuradoria afirma que Letal e e Henrique Neto tinham influência para garantir os aportes ilícitos e distribuir propinas.
“Um primeiro pagamento é feito em moeda corrente no valor de R$ 100.000,00 no dia 25/02/2015 para saldar uma dívida de campanha da eleição para o governo distrital do ano anterior”, afirma a Procuradoria.
Segundo a Greenfield, ‘esse pagamento foi efetuado no escritório particular de Ricardo Leal por Ricardo Rodrigues, segundo relato deste, contando com a presença ainda de Henrique Neto’. “Nessa mesma ocasião foi celebrado o pacto que
vigeria até o fim dos aportes realizados pelo BRB no FIP LSH. O dinheiro foi transportado em voo comercial pelo colaborador Ricardo Rodrigues”.
Ao mandar prender Paulo Figueiredo, o juiz federal Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, afirmou que embora não se envolvesse nas negociações, cabia-lhe autorizar os pagamentos da propina’.
“Para o pagamento desse valor, Diogo Cuoco, por meio da Globomix, gerou uma nota falsa de R$ 225.135,75. Outra forma de geração de dinheiro foi a simulação de contrato de prestação de serviço por Adriana Cuoco”.
A força-tarefa ainda diz que ‘a compra de aportes dentro do BRB se estendeu a recursos de fundos próprios do BRB’. “Seguindo a mesma mecânica anterior, Henrique Domingues encaminhava pedidos de valores, condicionando os aportes no FIP LSH”. Os valores aportados ao fundo teriam chegado a R$ 16,8 milhões.
A reportagem está tentando contato com as defesas dos investigados.
COM A PALAVRA, O BANCO DE BRASÍLIA
“Com relação à operação Circus Maximus, deflagrada hoje (29/01) pela Polícia Federal, o Banco de Brasília apoia e coopera integralmente com todos os órgãos competentes que conduzem a operação.
O banco informa que a operação corre em segredo de justiça e todas as informações são repassadas exclusivamente às autoridades policiais.
O BRB adotará todas as medidas judiciais cabíveis visando preservar o banco e suas empresas controladas.”
COM A PALAVRA, O PSB
O PSB-DF apoia toda a investigação realizada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal e aguarda os esclarecimentos dos ex-integrantes da diretoria anterior do BRB.
Registra ainda que, na gestão socialista no período 2015/2018, o BRB – como as demais empresas públicas – teve autonomia administrativa e financeira para agir, sempre com base em critérios éticos e de legalidade, sem qualquer interferência do Governo nos negócios e aplicações do Banco.
Brasília, 29 de janeiro de 2019
Partido Socialista Brasileiro
Distrito Federal

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