O policial federal rodoviário José Medeiros (Podemos) não é mais senador por Mato Grosso. Ele teve o mandato cassado na noite desta terça-feira (31) pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, por envolvimento em fraude na elaboração da ata de registro de candidatura da chapa em que se elegeu suplente do então senador Pedro Taques em 2010. Na mesma decisão, foi determinada a posse do empresário Paulo Fiúza como senador.
José Medeiros tentou evitar o julgamento alegando que um de seus advogados teria importante reunião em Brasília. O pedido foi negado e durante a audiência realizada na noite desta terça-feira, os juízes foram unânimes ao cassar o mandato de Medeiros, mas tiveram entendimentos divergentes em relação a quem deveria assumir. Cinco deles entenderam que a vaga pertence Fiúza, apontado como 1º suplente na chapa que elegeu o atual governador Pedro Taques (PSDB) em 2010.
Os outros dois, um deles o relator do processo, o juiz eleitoral Ulisses Rabaneda, entendeu que toda a chapa deveria ser cassada, inclusive o próprio Fiuza, dando posse assim ao terceiro colocado nas eleições ao Senado daquele ano, o ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT), entendimento este que acabou sendo rejeitado pelo maioria.
Antes do voto dos juízes do TRE-MT, o advogado Marcelo Segura, que defende o empresário, apresentou um vídeo de um debate, realizado em uma TV de Sinop, onde Pedro Taques (PSDB), então candidato ao Senado, pedia voto e frisava que seu primeiro suplente era justamente Fiuza, dando ênfase ao fato dele ser da cidade do norte do Estado.
24HorasNews