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Jovem vítima de atirador em Goiânia tem paraplegia confirmada por hospital

Publicado em: 25/10/2017

Uma das adolescente de 14 anos, que foi baleada por um jovem com a mesma idade, dentro de uma sala de aula, na última sexta-feira (20/10), em uma escola de Goiânia, está paraplégica, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital de Urgências de Goiânia nesta quarta-feira (25/10).

“A adolescente apresenta uma lesão na medula espinhal, no nível da 10ª vértebra da coluna torácica, que comprometeu os movimentos dos membros inferiores de forma definitiva. A paraplegia já havia sido diagnosticada no dia de sua admissão, mas não informada até então a pedido de familiares. Ainda não há previsão de alta da UTI”, informou o hospital.

A jovem, identificada como I.M.S., no entanto, está “consciente, com respiração espontânea”. O hospital avalia o estado de saúde da adolescente como “regular”. Além dela, uma outra jovem, que completou 14 anos nesta terça-feira (24), também continua internada, sem previsão de alta, mas com estado de saúde “regular”.

O atirador, que está apreendido na Depai (Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais), matou dois colegas de classe e feriu outros quatro. Ele pode pegar até três anos de detenção, segundo a polícia.

O jovem confessou o crime e afirmou que o cometeu por ter sofrido bullying pelos colegas. Ele disse à polícia que se inspirou nos massacres de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro.

Segundo o promotor Cássio Sousa Lima, o adolescente disse no depoimento estar arrependido e que planejou a ação como uma forma de retaliação. Ainda de acordo com o promotor, o pai, policial, relatou que a arma estava em local seguro e difícil de acessar. A mãe não esteve no depoimento porque foi internada, em choque, após o acontecimento.

No sábado (21), os corpos dos adolescentes João Pedro Calembo e João Vítor Gomes, vítimas do atirador, foram enterrados. Eles morreram na hora, dentro de sala de aula, depois de terem sido atingidos por diversos disparos à queima-roupa.

Durante o sepultamento, o pai de João Pedro, Leonardo Calembro, afirmou que, no momento, não se deve julgar o responsável pelo crime, e sim entender o que acontecer e perdoar. “Eu espero que toda a sociedade e os outros pais o perdoem pelo fato acontecido. Não devemos julgá-lo agora. Nós temos de entender e perdoar”.

 

Uol

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