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Empenhado na perseguição ao Aedes aegypti, Cardozo faz palestra no Rio

Publicado em: 19/02/2016

Mais da metade dos domicílios, prédios públicos e indústrias do Rio de Janeiro já foi percorrida por agentes comunitários de saúde, de controle de endemias e militares das Forças Armadas, hoje (19), no Dia de Mobilização Nacional da Educação contra o mosquito Aedes aegypti. O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, emprenhado nesta missão, participou de palestra no Colégio Estadual André Maurois, no Leblon, zona sul da capital fluminense, dando orientações sobre as ações.

“É fundamental que crianças e adolescentes tenham a compreensão do problema. Eles vão para suas casas e se tornarão militantes da causa. Vão conversar com os pais, com os avós, com os amigos,” disse. “Esse exemplo tem que ser incorporado na juventude e na infância.”

Aluna do 2º ano do ensino médio, Isadora Martins Ferreira de Oliveira, 17 anos, elogiou a iniciativa. “Foram ótimas as explicações e dicas. Porque é importante ficar de olho ao redor da gente. Não adianta só uma pessoa fazer, todos têm que fazer um pouquinho”, disse. Isadora já toma os cuidados contra focos do mosquito em casa. “Colocamos areia nos vasos de plantas e ficamos de olho nos vizinhos. Chegamos a ligar para a prefeitura para reclamar de uma oficina do lado, que deixa água juntar nas telhas”.

A aluna Giovanna Passos Figueiredo, 17 anos, também gostou da palestra, mas questionou a vinda do ministro à escola. “Foi desnecessária a presença dele, bastavam os agentes que vieram falar com a gente. Nessa crise, gastar dinheiro com essa quantidade de segurança que está aqui, que poderia estar nas UPPs [Unidades de Polícia Pacificadora] é um gasto à toa. Enquanto isso, nossos professores tiveram salários atrasados, a obra do metrô talvez não saia a tempo da Olimpíada,” .

Giovanna interpelou o ministro ao fim da palestra. “Queria saber se a segurança toda que está lá fora é porque vocês não confiam nos investimentos que fazem na segurança”.

Cardozo justificou o número de viaturas e policiais por se tratar de um evento-teste das Olimpíadas. “Vim aqui como se fosse um presidente da República, desde que desci do aeroporto. Além disso, sou obrigado a andar com segurança da Polícia Federal por ser chefe da Polícia Federal”, explicou. Ele disse que não poderia responder por problemas de responsabilidade estaduais, mas garantiu à jovem que as obras de transporte dos Jogos Olímpicos ficarão prontas a tempo. “Sei que obra pública nem sempre acaba no prazo. Às vezes tem liminar da Justiça, uma decisão que anula, nem sempre está tudo sobre controle. Mas fique tranquila, tudo que será possível ser entregue, será entregue. Vivemos um momento de crise no Brasil”, afirmou. O ministro elogiou a iniciativa da estudante. “É isso mesmo, tem que cobrar.”

Mais cedo, Cardozo participou de vistoria de segurança de evento-teste das Olimpíadas Rio 2016, na Barra, zona oeste.

Em todo o Brasil, 40,9% dos imóveis já foram vistoriados por equipes da força-tarefa para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika.

Desde dezembro, mais de 300 mil agentes de combate às endemias, agentes comunitários de saúde e militares reforçam o combate ao Aedes aegypti nas residências.

 

 

Ag. Brasil

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