Compartilhar
Tweetar

Amigos de morador de rua queimado em praça do DF temem volta de agressores

Publicado em: 05/08/2013

A Secretaria de Saúde informou que o morador de rua queimado enquanto dormia em uma praça no Guará na última quinta (1º), no Distrito Federal, morreu no último sábado (03) após passar três dias internado. A Polícia Civil informou que ainda não identificou os suspeitos e os amigos que presenciaram o fato temem a volta dos agressores e se uniram no local e fizeram uma oração pelo companheiro no sábado (03). O caso está registrado na 4ª DP.

 

Edivan da Lima Silva, de 49 anos, teve queimaduras em 63% do corpo depois que três homens encapuzados atiraram um saco com gasolina em uma fogueira usada para aquecer um grupo de sem-teto que dormia no local e fugiram. Silva é a sexta vítima da violência praticada contra moradores de rua do Distrito Federal este ano.

 

Hipóteses – Testemunhas relataram que, poucos dias antes do crime, alguns dos integrantes do grupo que vive na praça onde Silva foi incendiado teriam brigado com moradores de rua que se concentram em outro local, fato que, se confirmado, pode reforçar a principal suspeita da Polícia Civil.

 

Segundo o responsável pelo caso, o delegado Jeferson Lisboa Gimenes, a principal hipótese a ser investigada é que o crime tenha sido motivado pela briga, mas que o alvo não era Silva, e sim um outro homem que conseguiu fugir.

 

Vizinhança – Comerciantes e vizinhos da praça onde Silva dormia junto com outros três moradores de rua lamentaram o crime. Eles disseram que a vítima vivia no local há muito tempo, era conhecida de todos e não tinha inimigos. “Isso é macabro. Foi uma covardia o que fizeram com ele”, disse à Agência Brasil o corretor de seguros Roberto dos Santos e Silva, afirmando que conhecia o morador de rua desde que se mudou para o prédio em frente ao quiosque onde o crime ocorreu e onde ainda é possível ver as marcas das chamas na parede.

 

A dona de casa Conceição Passos Puccini, que há 12 anos mora em uma casa em frente à praça disse que “eles são tranquilos, não mexem com ninguém. Está vendo esta praça neste estado, precisando de reparos, de ser limpa? Pois só não está pior porque eles ajudam a cuidar dela. Às vezes, algum de nós [vizinhos] dá pra eles um dinheirinho qualquer para que recolham os papéis, arranquem o mato, tirem o lixo”, contou a dona de casa, lembrando que, na véspera de sua morte, Silva pediu a ela “um punhado” de arroz cru. “Eu disse que tinha um pouco cozido, mas ele disse que preferia cru porque queria cozinhar para os amigos. Ele era muito tranquilo”.

 

Pessoas ouvidas pela reportagem da Agência Brasil contaram ter ouvido do próprio Silva a história de que ele passou a viver nas ruas após ter sido despejado de um barraco que teria construído e ocupado por muito tempo, em uma área pública próxima à praça. Segundo essas pessoas, sem família no Distrito Federal e sem ter para onde ir, ele passou então a viver no local onde foi atacado.

 

As informações são da Agência Brasil.

(Visited 1 times, 1 visits today)
Compartilhar
Tweetar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Nos apoie:

Chave PIX:

13.219.847/0001-03

Chave PIX:

13.219.847/0001-03