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Os exércitos contra-atacam no plenário da Câmara Legislativa

Publicado em: 08/11/2011

Os exércitos da base aliada e da oposição contra-atacam. Depois de uma semana de férias, os deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal entraram em confronto hoje (8), depois que Daniel Almeida Tavares, ex-funcionário da indústria farmacêutica União Química, mudou sua versão acerca das denúncias que envolvem o governador Agnelo Queiroz num esquema de propinas.

Numa entrevista dada a uma rede de televisão em Brasília – também divulgada no Youtube – Daniel Tavares acusa as deputadas distritais do PSD, Celina Leão e Eliana Pedrosa, de oferecer R$ 400 mil, além de uma mesada de R$ 10 mil por um ano, para que ele acusasse Agnelo Queiroz de receber propina do laboratório – na época, o atual governador do Distrito Federal era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Do lado do governo, os líderes do PT, Chico Vigilante, e do governo, Wasny de Roure, acusaram a oposição de tentar comprar o depoimento de Daniel Tavares e forjar uma crise política no Distrito Federal; enquanto do outro lado, as parlamentares se defendiam atacando o governo e insinuando que Agnelo Queiroz pressionou o ex-funcionário e comprou o seu silêncio acerca das denúncias publicadas na imprensa. Elas também negaram que haviam oferecido dinheiro.

Visivelmente indignado, o deputado Chico Vigilante subiu à tribuna para dizer que vai pedir para a Polícia Civil e a Polícia Federal entrarem no caso e defendeu que não existe nada contra o governador. Disse também que a oposição não vai conseguir desestabilizar o governo. “Essa tentativa de armar, de tramar contra um governo legítimo, eleito democraticamente, não vai vingar”, bradou.

Na hora, as deputadas concordaram com as investigações e se dispuseram a abrir os sigilos telefônico e bancário, desde que o governador fosse também investigado.

Contradições da oposição

Juntas na tribuna, Celina Leão e Eliana Pedrosa se defenderam, negaram que tivessem tentado comprar o depoimento de Daniel Tavares e acusaram o funcionário de pedir dinheiro para assinar o depoimento. As deputadas disseram que não aceitaram a proposta, mas não explicaram porque o fato foi omitido até esta terça-feira (8) e porque não buscaram a imediata punição do depoente.

As duas parlamentares do PSD entraram em contradição ao explicar quais foram os valores exigidos por Daniel Tavares. Celina Leão confirmou a quantia de R$ 400 mil, mais a mesada; enquanto Eliana Pedrosa disse que o ex-funcionário havia pedido apenas proteção policial para sua família e uma ajuda em dinheiro para sair da cidade.

Reunião polêmica

Outro ponto de discórdia entre base aliada e oposição foi a revelação que uma oitiva com o depoente Daniel Tavares – para a Comissão de Ética e Direitos Humanos (CEDH) – se deu no dia 23 de outubro, um domingo, na casa de Eliana Pedrosa e contou com a presença apenas da presidente Celina Leão.

Chamada de “reunião clandestina”, pelo deputado Chico Vigilante, membro da CEDH, o encontro foi criticado pelo presidente da Câmara Legislativa, deputado Patrício. Ele disse que as convocações devem ser oficiais e públicas e não podem ser feitas sem comunicar os membros das comissões.

Agnelo se defende

Durante entrevista também nesta terça, o governador Agnelo Queiroz negou as acusações contra ele e disse que são armadas por seus adversários. “O que está acontecendo é uma armação. Estou sendo denunciado por uma organização criminosa que governou Brasília e continua montando dossiês e pagando testemunhas. É isso que está acontecendo aqui. Não tem absolutamente nada a não ser armação criminosa. Isso eu tenho certeza que na Justiça nós iremos desmascarar”, disse.

 

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