Ex-diretor da Siemens cita Filippelli e Arruda em investigação sobre cartel

Publicado em: 21/11/2013

Os nomes do vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli (PMDB), e do ex-governador José Roberto Arruda (PR) são citados em investigações sobre formação de cartel em licitações do setor metroferroviário, feitas entre 1998 e 2008. Everton Rheinheimer, ex-diretor da Siemens, uma das empresas vencedoras das licitações, disse ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que Filippelli e Arruda tinham envolvimento com a empresa MGE Transportes. As informações são do Estado de São Paulo.

 

De acordo com o jornal, a MGE é apontada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal como fornecedora da Siemens e de outras companhias do cartel. O vice-governador do DF, Tadeu Filippelli, nega conhecer ou ter qualquer tipo de contato com o autor da denúncia ou com MGE. Ele disse que vai entrar na Justiça contra o ex-diretor da Siemens. A assessoria do ex-governador José Roberto Arruda também negou ter qualquer relacionamento com a empresa citada nas investigações.

 

Nomes de outros políticos de São Paulo, filiados ao PSDB e ao DEM, também são citados na reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo a matéria, Everton Rheinheimer admite ser o autor da carta anônima enviada em 2008 ao Cade que deflagrou a investigação do cartel dos trens em São Paulo.

 

Cartel – Um relatório do Cade apontou que houve cartel e prática anticompetitiva na licitação para serviços no Metrô do DF em 2007. De acordo com as investigações, os dois consórcios participantes da concorrência fizeram um acordo para que o perdedor fosse subcontratado pelo vencedor.

 

A licitação foi vencida pelo consórcio Metroman, formada pelas empresas Siemens e Serveng-Civilsan. O contrato do serviço foi assinado em setembro de 2007, durante o governo Arruda, então no DEM.

 

O conselho diz que o acordo de leniência (que permite ao infrator colaborar com as investigações) firmado com a Siemens não tem nenhuma irregularidade e que a denúncia de cartel não partiu de uma pessoa, mas da própria empresa.

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