O secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa, informou que, após a morte de dois bebês no Hospital Regional de Ceilândia, apenas os casos graves serão atendidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Unidade. A medida é para evitar novas contaminações.
Os dois bebês morreram na unidade, neste domingo (14) e estavam contaminados com a serratia. Há mais dois internados com a bactéria, mas o GDF descarta novo surto na undidade onde sete crianças morreram em abril, sendo três por contaminação com serratia.
Os dois bebês internados no HRC com a bactéria estão isolados e respondem bem ao tratamento com antibióticos, segundo o secretário. “É impossível existir um ambiente hospitalar livre dessa bactéria. Todas as pessoas a carregam no organismo, pois elas habitam o sistema gastrointestinal. O problema é quando a Serratia vai para a corrente sanguínea”, justifica.
Mortes – Segundo Barbosa, os dois pacientes que morreram neste domingo, eram prematuros, com baixo peso e imunidade, e que o controle de surtos nas unidades de saúde é feito semanalmente, e, quando necessário, a própria pasta torna público o fato. “A situação desta vez é bem diferente da registrada em abril. Os dois bebês eram prematuros, e um deles morreu por causa de uma bactéria chamada Klebsiella. O outro não mostrou crescimento da Serratia, mas ainda estamos investigando”, disse.
A Secretaria de Saúde argumenta que é uma “medida é de contenção”. “Não fechamos a UTI, como da outra vez. Pedimos apenas que as pessoas busquem as outras unidades da rede”, disse Barbosa. Em abril deste ano, o GDF assumiu que havia um surto da bactéria na UTI neonatal do HRC e chegou a interditar a unidade de saúde para a higienização e desinfecção. Na época, sete bebês que estavam internados morreram.
Serratia – A transmissão da bactéria Serratia ocorre principalmente por causa da falta de higiene nas mãos. Ela causa problemas na coagulação do sangue. Pacientes com baixa quantidade de plaquetas estão mais suscetíveis a anemias e hemorragias.