Apesar da preparação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para se preparar para as manifestações desta quarta (26), com expectativa de público em 50 mil pessoas, apenas cerca de 5.000 manifestantes participaram dos protestos na Esplanada dos Ministérios. O trânsito foi fechado no Eixão e cerca de 4.000 policiais foram destacados para a segurança no local. Poucos problemas foram registrados, já à noite.
Mais cedo, parte dos manifestantes se dividiu em três pontos. Alguns ficaram no gramado do Congresso Nacional, outros no Eixão Sul, próximo a Rodoviária do Plano Piloto, e cerca de 500 deles foram até o Estádio Nacional Mané Garrincha, mas desistiram e retornaram para o Congresso.
No final da tarde, alguns manifestantes jogaram as bolas de futebol que foram colocadas durante a manhã contra o Congresso e muitos tentaram provocar os policiais que estavam posicionados próximo ao espelho d’água, mas eles não reagiram apesar de a PMDF ter informado que não iria tolerar vandalismo e agressões.
No início da noite, manifestantes que estavam em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, soltaram rojões, mas apesar disso, a polícia afirma que o protesto ainda é pacífico e até a publicação desta matéria, a PMDF informou que a situação estava sob controle e que não havia nenhuma ocorrência grave, apenas algumas detenções por desacato.
Encontros – Um grupo de manifestantes se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para entregar uma carta de reivindicações, com 10 pontos exigidos, como a aprovação no Congresso Nacional que transforma a corrupção como crime hediondo, aprovado hoje (26) no Senado, o fim do voto secreto dos parlamentares e uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos da Copa do Mundo. Segundo os manifestantes, Alves disse que vai analisar as demandas e adiantou pontos que serão atendidos, como a votação imediata do projeto da “cura gay” no plenário da Casa, que deve ser arquivado.
Representantes dos grupos que realizaram os protestos desta quarta (26) também se reuniram no início da noite com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas saíram do encontro sem apresentar uma pauta ao senador. Membros de diferentes organizações participaram da reunião, mas a maior parte deles preferiu não falar com a imprensa após o encontro. Uma nova reunião entre Calheiros e os manifestantes foi agendada para esta quinta (27), quando deverá ser apresentada uma pauta definitiva dos manifestantes exclusiva para o Senado.
Com informações do R7 e do G1.
