Os exames práticos de direção para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Distrito Federal estão suspensos por tempo indeterminado, mas os exames teóricos estão mantidos, conforme anunciou o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) nesta quarta (22). A medida foi tomada por conta da greve dos instrutores de trânsito das autoescolas e dos Centros de Formação de Condutores (CFC).
O Detran-DF afirmou que 2,5 mil exames foram suspensos esta semana e 600 testes já estavam marcados para a próxima. Segundo o Detran, as autoescolas poderão voltar a marcar os exames de direção veicular a partir do retorno das atividades dos instrutores, que deflagraram greve nesta segunda (20).
Greve – Segundo o Sindicato dos Instrutores e Empregados em Auto e Moto Escolas do DF (Sieame-DF), os 1.500 profissionais da classe reivindicam aumento salarial de 15% e o pagamento de vale-alimentação. De acordo com o presidente da entidade que representa a categoria, Antônio de Sá Viana, o impasse com os patrões está na reivindicação de pagamento de auxílio-alimentação. “Aceitamos o reajuste de 7,5%, desde que venha com o auxílio-alimentação, que baixamos de R$ 20 para R$ 18”, fala Viana.
Já o presidente do Sindicato das Autoescolas do DF (Sindiauto-DF), entidade que representa as empresas, Francisco Joaquim Loiola diz que as autoescolas não têm recursos para pagar o auxílio-alimentação. “Temos o piso salarial mais caro do país e uma das habilitações mais baratas”, argumenta Loiola. O sindicato das autoescolas afirma que, nas empresas mais caras, 20 aulas de direção e o exame custam R$ 400.
Para a comissão de negociação dos empresários, o pagamento do benefício não é viável no momento. O sindicato alega que, para dar o auxílio-alimentação, seria necessário aumentar o preço da carteira, o que levaria os alunos a procurarem autoescolas de Goiás.
Com informações do G1.
