Nesta sexta (22), cerca de 25 pessoas foram para a frente ao Palácio do Planalto com faixas, pedindo apoio do Governo Federal e a atenção da presidente Dilma Rousseff para encontrar o estudante Arthur Paschoali, que desapareceu no Peru em dezembro de 2012. O protesto foi organizado pelo facebook, depois que o Ministério de Relações Exteriores decidiu que o diplomata que apoiava os pais do rapaz no país vizinho deveria voltar para a embaixada na capital Lima.
Os pais de Arthur, Susana Paschoali e Wanderlan Vieira, estão no Peru desde janeiro acompanhando as buscas pelo filho e foram para Cusco nesta semana para encontrar o cônsul brasileiro no país. Na próxima semana, eles planejam ir à Lima para cobrar mais atenção da embaixada.
No próximo domingo, o grupo fará um festival de tortas, para arrecadar fundos e garantir a continuidade das buscas. O movimento na internet conta com, pelo menos, 12.861 integrantes.
Itamaraty – Segundo a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Maria Luiza Ribeiro, o adido policial da embaixada do Brasil no Peru está em contato com a policia peruana. Ela afirmou ainda que o governo do Peru não perdeu interesse pelo caso e que o trabalho de investigação e as informações levantadas pela polícia peruana precisam ser preservadas.
A ministra argumentou que agora a polícia peruana investiga o desaparecimento e levanta informações e que, após dois meses de busca, os investigadores entenderam que as estratégias e perímetros da região em que o rapaz estava foram esgotados, mas afirmou que Suzana e Wanderlan terão o apoio do cônsul honorário da embaixada quando necessário. “As buscas duraram dois meses. A polícia varreu a região com homens, cães e helicópteros. Só temos a agradecer ao governo peruano, mas essa fase dos trabalhos terminou”, explicou.
Além disso, Maria Luiza lamentou que os avanços no caso não ocorram de acordo com as expectativas da família. “Estamos de prontidão, para, a qualquer momento, retornar à região. A família tem uma grande expectativa de um desenrolar mais ágil. Mas há um descompasso entre o que a família desejaria e o que é possível por parte das autoridades peruanas, que estão fazendo um esforço”, lamentou.