Pelo menos 10 pessoas dizem ter visto alguém parecido com Arthur Paschoali no Peru

Publicado em: 27/03/2013

Familiares e amigos do brasiliense Artur Paschoali tiveram um reforço na esperança de encontrar o rapaz que está desaparecido no Peru desde o último dia 21 de dezembro.  Segundo o irmão do rapaz, o engenheiro civil Felipe Paschoali, pelo menos 10 pessoas, entre moradores e turistas de um povoado próximo à cidade de Quillabamba disseram ter visto, na semana passada, uma pessoa com características semelhantes às de Artur. 

Segundo os relatos, o rapaz com traços parecidos com os do brasiliense e com um machucado em uma das pernas foi visto há menos de uma semana, pedindo ajuda na prefeitura. “Não tem certeza, mas isso deu uma esperança para a gente. Meus pais estavam no local, com fotos do Artur, e perto de dez pessoas falaram que viram alguém parecido com ele. O sinal [do celular] estava muito ruim, não deu pra falar muito, mas quis divulgar porque deu uma esperança muito forte”, disse Felipe. Os pais dos dois jivens, Susana Paschoali e Wanderlan Vieira, estão no Peru desde janeiro acompanhando as buscas.

 

Apoio às buscas – Na última sexta (22), familiares e amigos de Artur fizeram um protesto em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, pedindo mais apoio do Itamaraty para a continuação das buscas pelo rapaz. “Não sei se é descaso ou despreparo da polícia peruana, o que tem prejudicado um pouco as investigações. Desde o dia 9 de março, o Itamaraty não entrou mais em contato com a gente. Nós é que corremos atrás, há muitas perguntas sem respostas. Há dois policiais peruanos no caso agora, mas não sabemos o que estão fazendo. Ninguém fala nada”, disse Felipe.

 

O Itamaraty informou que o governo brasileiro tem prestado auxílio permanente à família de Artur, desde a notificação de seu desaparecimento, tanto por meio de sua Embaixada em Lima quanto por meio do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. Na segunda semana de março, o ministério suspendeu a presença de funcionários no distrito de Santa Tereza, perto de Machu Picchu, que ajudavam nas buscas por Artur. A justificativa dada era o risco para a segurança e saúde dos servidores na região, disse Felipe.

 

Segundo a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Maria Luiza Ribeiro, o adido policial da embaixada do Brasil no Peru está em contato com a policia peruana. Ela afirmou ainda que o governo do Peru não perdeu interesse pelo caso e que o trabalho de investigação e as informações levantadas pela polícia peruana precisam ser preservadas. “Estamos de prontidão, para, a qualquer momento, retornar à região. A família tem uma grande expectativa de um desenrolar mais ágil. Mas há um descompasso entre o que a família desejaria e o que é possível por parte das autoridades peruanas, que estão fazendo um esforço”, lamentou.

 

Entenda – Segundo relatos, Artur Paschoali saiu no dia 21 de dezembro para tirar algumas fotografias nos arredores do distrito de Santa Teresa, próximo a Machu Picchu, no dia 21 de dezembro e desde então não voltou nem deu notícias. O coronel Ronal Bayona, chefe da Divisão Policial de La Convención, informou que a polícia do Brasil se somou às buscas, junto com um conselheiro da Embaixada do País, assim como um helicóptero da Força Aérea peruana, que vai sobrevoar zonas de difícil acesso, além de uma equipe multitécnica com profissionais do Corpo de Bombeiros, policiais, especialistas em resgate em minas e em rios, além de cães farejadores.

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