A família do brasiliense Artur Paschoali que está desaparecido no Peru desde o dia 21 de dezembro, aceitou sugestão da polícia peruana e está oferecendo recompensa em dinheiro às pessoas que tenham informação sobre a localização do rapaz. Não há um valor definido. Os pais de Artur chegaram a Santa Teresa, distrito próximo a Machu Picchu, na região de Cusco, na última quarta (02) para acompanhar as buscas da polícia local. O mochileiro foi visto pela última vez na região, antes de sair do local onde estava hospedado para fotografar.
“Os próprios policiais, quando chegam às casas para conversar com os moradores já avisam que haverá recompensa. […] As pessoas aqui são simples, têm dificuldade para falar e não querem se expor. […] É mais uma tentativa de reforçar [a busca]”, afirmou Susana Paschoali, mãe de Artur, que disse ter pensado em 200 soles. Uma unidade da moeda peruana Novo Sol equivale a R$ 0,80.
Relatos de pessoas que disseram ter visto Artur apontam lugares diferentes por onde o jovem de 19 anos pode ter passado, segundo o pai dele, Wanderlan Vieira. Ele afirmou que uma mulher e um homem com quem conversou prestaram depoimento à polícia dizendo terem visto o jovem. Uma moradora do povoado de Fahuayaco afirmou ter preparado um prato vegetariano para um jovem com características físicas semelhantes às de Artur, que é vegetariano. Segundo a mulher, ele informou que faria o percurso do Caminho Inca. Mas depois outra pessoa falou algo diferente. Um senhor disse que teria visto o Artur passando por um local chamado Llaqtapa”, afirmou Vieira.
Itamaraty – O irmão de Artur, o engenheiro Felipe Paschoali, contestou as informações do Itamaraty sobre o auxílio nas buscas. O Itamaraty informou que 45 policiais e bombeiros estavam trabalhando nas buscas e que uma equipe especializada atuaria com o auxílio de helicóptero e de cães farejadores. Felipe afirmou que os cães farejadores e o helicóptero ainda não estão sendo utilizados e que apenas 20 pessoas trabalham nas buscas, 15 deles nas montanhas da região.
“A equipe dos bombeiros também só trabalhou no sábado de manhã. O Itamaraty prometeu mas ainda não aconteceu. As equipes locais estão ajudando muito, mas não é o suficiente. Se não tiver o helicóptero, a gente não tem como andar”, afirmou Felipe, que está em Brasília e acompanha as buscas através de conversas com os pais por telefone.