O governo do Distrito Federal começou a testar um ônibus chinês ecologicamente correto. Os testes foram iniciados nesta quinta e nos próximos três meses, o ônibus também poderá ser avaliado gratuitamente pela população, com rotas e datas a ser agendadas pelo GDF.
O veículo é movido a eletricidade, não polui e é silencioso e deve ficar de 90 a 180 dias circulando, para que seja avaliada sua viabilidade econômica, já que o objetivo é adotar o modelo durante a Copa do Mundo de 2014, para o transporte dos torcedores no circuito aeroporto, setor hoteleiro, Parque da Cidade e Estádio Nacional Mané Garrincha.
Se fosse importado, o ônibus elétrico custaria em torno de R$ 1 milhão, o dobro do valor do executivo que faz a linha aeroporto, por exemplo, mas o governador afirma que quer negociar com empresários chineses a montagem de uma fábrica no Distrito Federal. “Queremos mostrar que Brasília é um centro atrativo para investimentos. A fábrica que se instalar aqui terá uma localização privilegiada para expor seu produto e disputar o mercado brasileiro”, disse Agnelo.
Fabricado na China, onde circulam cerca de 1,8 mil ônibus elétricos, o modelo testado no DF atende padrões europeus de segurança e de qualidade. O veículo funciona com um conjunto de baterias de 538V, que proporcionam autonomia média de 150km. Cada bateria leva de uma a três horas para ser recarregada e tem vida útil de pelo menos cinco anos. O ônibus possui ar-condicionado e capacidade para transportar 60 pessoas – 28 sentadas, 31 em pé e um espaço para cadeirante.
Acordo formal – A Sociedade de Transporte Coletivo (TCB) assinou em 14 de outubro deste ano o primeiro acordo formal com as empresas Rui Hua e Alfa Bus, fabricantes do ônibus elétrico representadas no Brasil pela S4 Clean Energy.
A expectativa do presidente da TCB, Carlos Koch, é começar a produzir os veículos elétricos até 2014. “Estamos próximos de renovar toda a frota de Brasília. Mas o grande objetivo é desenvolver o negócio no país. Inicialmente, seria uma fábrica modular, com peças que viriam do exterior”, explicou.