ONS tem 15 dias para entregar relatório sobre apagão no DF à Aneel

Publicado em: 06/10/2012

 O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem até 15 dias, contados a partir de sexta (05), para entregar relatório à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com explicações sobre o apagão que afetou 70% do Distrito Federal na quinta (04). 

O documento também deverá ser encaminhado ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, do Ministério de Minas e Energia. O pedido foi feito em reunião entre técnicos do ONS se reuniram com representantes da Companhia Energética de Brasília (CEB) e da Aneel para tratar do assunto. 

De acordo com a Aneel, caso o ONS constate que houve responsabilidade da CEB na queda do fornecimento de energia, a companhia será punida com multa ou advertência. A CEB participou da reunião para explicar, em termos técnicos, como ocorreu o blecaute. A reunião com o ONS foi convocada para analisar as causas das quedas de energia em várias partes do país nesta última semana. 

Incêndio – Na quinta, 70% do Distrito Federal ficou sem energia, segundo a CEB, por duas horas. A companhia afirmou que o problema foi causado por um incêndio sob a linha de transmissão entre as subestações Samambaia e Brasília Norte, que fica no Setor Militar Urbano. 

Ainda segundo a CEB, o incêndio não afetou equipamentos da CEB, mas o calor, aliado à baixa umidade do ar e ao consumo elevado, provocou o desligamento automático da linha de uma das quatro que atendem a subestação Brasília Norte. Sobrecarregadas, as outras três linhas também foram desativadas automaticamente. 

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, classificou o apagão no DF como um incidente. “São episódios que lamentavelmente acontecem, gostaríamos que não acontecessem, mas eles não comprometem a segurança geral do sistema elétrico brasileiro, que é considerado bom. A manutenção estando feita normalmente e há uma fiscalização sobre a manutenção. São acidentes que infelizmente acontecem.” 

Segundo estimativa da Aneel, somente em 2012, a CEB já pagou R$ 5 milhões em multas por falhas no fornecimento de energia elétrica e devolveu outros R$ 4 milhões aos consumidores devido a problemas no abastecimento.

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