“Assassinado pela saúde pública”: Bebê esperava por cirurgia urgente morre antes de operação

Publicado em: 23/10/2012

Nesta segunda (22) morreu um bebê, que precisava de uma cirurgia no coração para sobreviver e aguardava na fila da rede pública de saúde do Distrito Federal. Mateus nasceu com as veias do coração invertidas e estava internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Após a morte de Mateus, a família descobriu que nem a rede privada de saúde do DF realiza o tipo de cirurgia que Mateus precisava. Revoltado, Zacarias Saraiva, pai da criança, disse que o filho foi “assassinado pela saúde pública”. 

Segundo os médicos que acompanhavam a criança, a cirurgia tinha caráter urgente e não poderia ser feita no HRC. Mateus tinha ainda hipertensão pulmonar e chegou a ser transferido para o Instituto do Coração (Incor), mas não chegou a ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nem operado e a justificativa era de que todos os leitos do hospital estariam ocupados. Sem vaga no Incor, o bebê retornou ao Hospital de Ceilândia, mesmo em estado gravíssimo, onde faleceu.

 

A Secretaria de Saúde informou ter prestado todo o atendimento possível e necessário ao bebê, enquanto ele esteve na rede pública de saúde. Sobre a transferência para o Incor, a secretaria esclarece que aguardava a liberação de vaga, já que "existe número limitado de leitos contratados pelo SUS".

 

As informações são da TV Record.

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