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Deputado diz que Greve da Polícia Civil é política e podia ser evitada

Publicado em: 14/09/2012

Em entrevista ao Câmara em Pauta nesta quinta (13), o deputado Wellington Luiz (PPL) confirmou que a greve é política e que os policiais civis estão conscientes da impossibilidade de um reajuste, conforme anunciou o secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar, nesta quarta (12). Segundo Wellington, a paralisação foi forçada pela falta de diálogo e do aceno de uma proposta por parte do GDF. "a Categoria não se sente bem com o movimento de paralisação, agora não temos outro instrumento senão a greve, que é legítima, para que a gente possa reivindicar os nossos direitos".

Ainda segundo o deputado, que deixou a Secretaria de Regularização dos Condomínios e voltou para a Câmara Legislativa a pedido da categoria, que lotou as galerias do plenário e acusam o GDF de ter descumprido acordo que previa um reajuste de 13%. Segundo ele, a categoria quer aumento para 2013, mas se a greve fosse deixada para o próximo ano, a possibilidade de aumento seria jogada para 2014, o que dificultaria ainda mais, pelo fato de ser ano eleitoral.

Na sessão ordinária da quinta (13), vários parlamentares cobraram a aprovação da convocação do gestor do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCO) para dar explicações sobre os gastos, mas segundo Wellington, haveria um boicote à chamada. Os parlamentares querem saber se os recursos deste ano, que chegam a cerca de R$ 10 bilhões, poderiam ser utilizados para atender as reivindicações dos policiais civis em greve. 

O presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), Agaciel Maia (PTC), afirmou que não há nenhuma dificuldade para o governo detalhar os gastos do FCO e propôs a realização de uma audiência da CEOF para tratar do assunto. “O governo deve mostrar o que está sendo feito e nós deputados devemos nos unir para trabalhar em prol do atendimento das demandas da categoria”. O líder do governo, Wasny de Roure (PT), concordou com proposta. 

Bancada da Bala – Nesta terça (11) a “bancada da bala”, segundo o deputado Olair Francisco (P), que seriam os deputados ligados à polícia, anunciou obstrução da pauta em apoio à greve e teve o apoio da bancada do PSB, anunciada pela líder Eliana Pedrosa, que foi conclamada “nossa governadora” pelos policiais no plenário. 

Dr. Michel (PEN) sugeriu que os policiais civis entrem em contato com representantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para aumentar a pressão para que os deputados aprovem a convocação do gestor do FCO. “As adesões à nossa luta pela aprovação do requerimento estão aumentando. É só uma questão de tempo até conseguirmos quórum para votá-lo”.

Wellington Luis observou que o GDF já deixou de pagar os dois reajustes de 6,5% previstos para os meses de dezembro de 2011 e março de 2012 e comentou a queda nos investimentos em segurança pública em termos proporcionais. “Em 2010, tínhamos 53% do FCO. Em 2013, teremos 49%. Há uma manobra na Casa para evitar que o gestor do Fundo Constitucional venha aqui explicar esses números”, acusou Wellington.

Liliane Roriz (PSD) relembrou a relação de sua família com a Polícia Civil e disse que seu partido está unido no apoio à categoria. “Dizem que vocês ganham muito, mas não é verdade. Pelo trabalho importante que fazem deveriam ganhar 3 vezes mais”, enfatizou. 

Confira abaixo a entrevista de Wellington Luiz.

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