Cinema colorido: a 45ª edição do Festival de Brasília saiu do armário

Publicado em: 19/09/2012

Uma das mais tradicionais mostras de cinema do país saiu do armário e traz para a 45ª edição da mostra competitiva filmes que discutem questões de orientação sexual, identidade de gênero e relacionamentos afetivos entre pessoas do mesmo sexo.

Nesta quarta (19) será exibido o longa “Kátia”, da diretora Karla Holanda, que concorre ao prêmio de melhor documentário contando a história de Kátia Tapety, primeira vereadora travesti do Brasil.

Segundo Sérgio Fidalgo, coordenador-geral do festival,diz que é importante a mostra se abrir para essas histórias, para que elas não fiquem restritas a festivais segmentados, como o Mix Brasil que apresentam filmes com temática LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis).

No prêmio principal, concorre o longa “Esse Amor que nos Consome”, de Allan Ribeiro que, conta a história de um casal que está junto há 40 anos e luta para manter viva a “Rubens Bardot Teatro de Dança”, uma companhia de dança afro que funciona num casarão antigo no Rio de Janeiro.

Também concorre “Vestido de Laerte”, de Pedro Marques e Claudia Priscilla. O filme brinca com a proibição do cartunista e crosdresser Laerte para usar banheiros femininos. “Por meio da ironia, construímos uma linguagem de absurdo e nonsense”, diz o cartunista da Folha. Na Mostra Brasília os “filmes coloridos são “A Caroneira”, de Otavio Chamorro, e “Bibinha, a Luta Continua!”, de Adriana de Andrade.

Artigos relacionados