Nesta quarta, o plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a proposta feita pela grupo carioca D’Or, interessado em adquirir participação direta ou indireta em cinco hospitais e dois centros radiológicos no Distrito Federal. Pelo acordo, o grupo carioca se comprometeu a não praticar qualquer ato que caracterize a consumação da compra sem a prévia autorização do Cade.
No início do mês, a procuradoria-geral do Cade sugeriu medida cautelar para evitar que a operação seja realizada por considerar que a Rede D’Or poderia concentrar 90% do mercado no DF. Segundo o conselho, com essa decisão a gestão das sociedades e dos ativos das unidades hospitalares vai permanecer inalterada, sob o controle de Medgrupo, até análise final do caso e caso o acordo seja descumprido, a Rede terá que pagar de R$ 50 milhões por infração, e os seus dirigentes e administradores, multa de R$ 5 milhões.
A operação barrada pelo Cade envolve a aquisição de participações no capital social da Medgrupo Participações e do Hospital Santa Lúcia e seriam também adquiridas participações no Hospital Santa Lúcia; Hospital Santa Helena; Hospital Prontonorte; Hospital Maria Auxiliadora; Hospital Renascer; Centro Radiológico de Brasília e Centro Radiológico do Gama.
Estudos preliminares feitos pelo Cade indicam que a operação resultaria numa concentração de mais da metade dos leitos hospitalares do DF na mão de um mesmo grupo econômico.
