Empresa planeja construir aeroporto para jatos executivos no DF

Publicado em: 29/08/2012

A construtora Andrade Gutierrez estaria realizando estudos para construir um aeroporto na região de Sobradinho, para exploração comercial de pousos e decolagens de jatos executivos. A empresa, que é uma das maiores construtoras do Brasil, admite o projeto, mas prefere não comentar o caso. O governo do Distrito Federal disse que a proposta depende de aprovação do Executivo federal e que o governo local não participa do projeto. As informações são do jornal Valor Econômico

A Secretaria de Aviação Civil confirmou que executivos da construtora procuraram o ministro Wagner Bittencourt, há cerca de três semanas, para tratar do assunto e que a aprovação do projeto depende da regulamentação do funcionamento de aeroportos para aviação geral, que inclui a exploração comercial de jatos executivos em aeroportos privados.

O novo aeroporto deve ser construído em uma área de Sobradinho, e deverá ter um investimento inicial de R$ 120 milhões, além de apoio dos parceiros locais. O projeto prevê a construção de uma pista de 1,8 quilômetros de extensão em uma área total de 138 hectares que foi adquirida recentemente, o que não exigirá a desocupação ou desapropriação de moradores locais. A proposta da construtora inclui serviços de oficinas de manutenção para aviões e abastecimento de combustível, além de restaurante, espaço para eventos e um hotel.

Burocracia – Caso os trâmites burocráticos entre o Estado e a iniciativa privada aconteçam rapidamente, os jatinhos poderão começar a usar o novo aeroporto a partir da Copa do Mundo de 2014. A estimativa do governo federal é que em setembro seja assinado um decreto presidencial com novas regulamentações para o setor de aviação civil e a medida deve incluir alterações para a exploração de aviação regional, aviação geral e concessão de aeroportos, segundo a Secretaria de Aviação Civil. No entanto, para sair do papel o projeto depende da aprovação da presidenta da república Dilma Rousseff.

Caso entre em vigor, a autorização permite também a cobrança de taxas pela utilização de serviços nesses novos aeroportos privados, algo que com a atual legislação não pode acontecer. Segundo a Secretaria de Aviação Civil, se o decreto for assinado, a empreiteira terá que retirar um licenciamento ambiental e uma autorização do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), mostrando não existir incompatibilidade com o tráfego aéreo atualmente utilizado pelo Aeroporto JK. 

Também segundo a Secretaria, com a construção do novo aeródromo o tráfego aéreo do Aeroporto Internacional de Brasília irá desafogar para a aviação executiva, reduzindo o tempo de espera para aterrissagem de jatinhos que atualmente é de aproximadamente 40 minutos.

Artigos relacionados