Os motoristas e cobradores de ônibus do Distrito Federal confirmaram paralisação para esta quinta (05). Mais de 600 mil brasilienses ficarão sem transporte coletivo. A saída encontrada pelos usuários do transporte público têm sido os carros de cooperativa, que passam lotados pelas filas de passageiros à espera.
A decisão veio nesta quarta (04) na última assembleia, mas eles prometem voltar ao trabalho normal na sexta-feira (6). Caso o acordo não seja cumprido com a categoria, os rodoviários adiantam que entrarão em greve a partir da próxima segunda-feira (9) por tempo indeterminado.
A paralisação é um aviso do Sindicato dos Rodoviários para os empresários e o Governo do Distrito Federal. Para o presidente do sindicato, João Osório, não existe outra forma de negociar com os empresários se não pararem de trabalhar. Cerca de 15 mil trabalhadores são filiados ao sindicato.
Alternativas – Nossa reportagem apurou que a cena pelo entorno se repet: são filas enormes à espera de alguma alternativa de transporte para chegar ao trabalho. Como informamos, a saída mais usada são os microônibus e vans de cooperativas. Vale alertar para que as pessoas tenham cuidado, se optarem pelo chamado transporte pirata.
Para amenizar o impacto da falta de ônibus nas ruas, o Metrô estendeu as operações. As estações abrem a partir de 5h30. Ainda assim, a recomendação da empresa é para que os usuários cheguem ao local com antecedência para evitar atrasos. Além disso, dois trens extras circularão nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h30 às 20h.
Negociações – Os empresários e autoridades públicas têm até o próximo domingo (8) para atender as reivindicações da categoria, quando realizarão nova assembleia. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 7,88%, que deveria ter sido pago em maio.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, decidiu que não haverá aumento nas passagens de ônibus. Segundo Queiroz, o GDF tem repassado às empresas integralmente o subsídio que garante a gratuidade do transporte de estudantes e de pessoas com necessidades especiais.
Em entrevista coletiva nesta quarta (04) no Palácio do Buriti, Campanella afirmou que o GDF tem efetuado o repasse do subsídio relativo à gratuidade do transporte de estudantes e de pessoas com deficiência. Segundo ele, o valor destinado pelo governo às empresas é mais do que suficiente para garantir o pagamento do reajuste salarial de 7,88%, a partir de 1º de maio deste ano, acordado com os rodoviários.
