A licitação para compra de três mil novos ônibus para a população do Distrito Federal continua suspensa pelo Tribunal de Contas do DF.
O Tribunal considerou como “insatisfatórias” as explicações apresentadas pela Secretaria de Transportes para a decisão que determinou, em maio deste ano, a suspensão do edital.
Desembargadores do TCDF explicam que o texto apresentado pelo GDF não detalha características técnicas dos veículos que circularão pela EPTG, que necessita de portas do lado esquerdo. O texto também não detalha características de acessibilidade dos ônibus.
A corte também apontou a necessidade de revisão dos dados de quilometragem e de tempo estimado de viagens usados no estudo técnico que respaldou o edital e a revisão dos limites geográficos de cada bacia.
O GDF publicou em março deste ano o edital de licitação, mas o TCDF obrigou a Secretaria de Transportes a suspender o processo.
A atual frota conta com quatro mil ônibus. Destes quatro mil veículos, 3,5 mil seriam trocados – quase 90%. As linhas sob concessão das cooperativas, que administram 500 ônibus, e da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), que tem 50 linhas, não serão licitadas.
O sistema será licitado por regiões. O GDF dividiu o sistema em cinco grandes áreas, cada uma será explorada por uma empresa ou consórcio de empresas. As vencedoras poderão explorar as linhas por dez anos, renováveis pelo mesmo período. De acordo com o edital, cada empresa terá entre 18 e 23% da frota.
Opinião – O governo passado licitou quase 1/3 da frota. Os veículos novos ficaram expostos no Eixão para a população ver. Foi como colocar o doce na boca da criança e tirar. Ninguém nunca viu esses ônibus nas ruas.
Será que neste governo os novos ônibus também ficarão expostos para tirar foto e depois sumirão?
