Nesta segunda a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Pró-DF na Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou o relatório, no plenário. Com isto, a CPI do Pró-DF encerra os trabalhos iniciados em maio do ano passado. O relatório do deputado Aylton Gomes (PR) não aponta indiciados e apresenta sugestões ao GDF para a correção de imperfeições no programa, para evitar novas suspeitas de irregularidades. Para os membros da CPI, a falta de estrutura e de pessoal especializado prejudicaram que a CPI da CLDF se aprofundasse nas investigações.
O relatório da CPI tem cerca de mil páginas e após uma correção de texto, será disponibilizado ao público na quarta (25). O relator Aylton Gomes destacou que a Comissão deseja que o GDF fortaleça o Pró-DF e que a CLDF mostrou seu compromisso com a sociedade por meio da CPI do Pró-DF. “Cumprimos nosso papel, fizemos o melhor trabalho possível. O relatório propõe alterações no Pró-DF para trazer mais transparência, tais como o estabelecimento de prazos para a liberação do benefício e a análise das propostas, mais clareza nos critérios de seleção e igualdade entre os candidatos”, afirmou.
Após publicado, o relatório da CPI do Pró-DF será enviado ao Ministério Público do Distrito Federal , para que a continuidade das investigações.
Críticas – A presidente da CPI, deputada Eliana Pedrosa (PSD), criticou o GDF por não ceder profissionais para auxiliar nas investigações, à exceção da secretaria de Transparência, cujo titular, Carlos Higino, cedeu dois técnicos.. “A CPI ficou de mãos atadas na questão investigativa. Na falta de estrutura, tivemos que utilizar o trabalho do pessoal de gabinete e nossos veículos particulares para fazer as diligências”, afirmou Pedrosa.
A parlamentar disse ainda que os deputados conseguiram revelar lacunas na legislação e apontar caminhos para o GDF aprimorar o programa e com isso, mesmo sem indiciamentos, “a CPI não acaba em pizza”, pois fez o seu trabalho.