Força de segurança deve retirar amotinados na Assembleia Legislativa da Bahia

Publicado em: 05/02/2012

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) Marcelo Nilo (PDT) pediu ao general do comandante das forças de segurança na Bahia, G. Dias, apoio para a retirada dos policiais militares em greve que estão amotinados no prédio da ALBA, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), até a meia-noite deste domingo (05). Nilo afirmou que o prédio da AL não pode ser usado como abrigo de fugitivos da justiça com mandado de prisão em aberto. “A Assembleia está funcionando de forma precária, os funcionários estão faltando ao serviço, há homens armados pelos corredores, pelas rampas de acesso e utilizando os banheiros. Já perdi a paciência, desde sexta-feira tentamos maneira pacifica para desocupar", declarou Nilo.

Os policiais, que estão acampados disseram que irão resistir pacificamente à desocupação e não reagirão com violência, desde que os agentes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF) atirem contra eles. Além dos policiais amotinados, estão acampados na ALBA familiares dos grevistas e o grupo de aproximadamente 350 pessoas, conta com a presença de mulheres e crianças. A Casa Legislativa foi ocupada ainda na terça (31).

As primeiras ações para a desocupação da ALBA já foram iniciadas com o desligamento das luzes do prédio. O local foi cercado por viaturas e helicópteros da Guarda nacional também rondam a área e dois tanques foram para o CAB para “monitorar” a ação. Quarenta homens do Comando de Operações Táticas foram a Salvador, para cumprir 11 dos mandados de prisão restantes, dos 12 expedidos pela justiça.

Cidade sitiada – Desde que a greve foi deflagrada, mais de 80 pessoas foram assassinadas somente em Salvador e na Região Metropolitana, segundo informações da Superintendência de Telecomunicações da Secretaria de Segurança Pública (Stelecom). Além disso, foram registrados saques em diversas lojas da capital baiana e de cidades do interior do estado.

A Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), afirma que PMs de 32 dos 417 municípios baianos aderiram 100% ao movimento, incluindo algumas das principais cidades baianas, como Ilhéus, Itabuna, Jequié, Vitória da Conquista, Barreiras e Senhor do Bonfim.

Segundo o presidente da Aspra, Marco Prisco, a pauta de reivindicações foi reduzida a dois pontos, que são a anistia dos grevistas e o pagamento da gratificação por atividade de polícia. Inicialmente, a pauta listava itens, como incorporação de gratificações aos salários e regulamentação para o pagamento de adicionais, como de periculosidade e acidente.

Nós do Câmara em Pauta esperamos que a greve termine de forma pacífica e que a normalidade se reestabeleça no estado. Esperamos principalmente que a população não seja ainda mais prejudicada do que já tem sido nesses últimos dias.

Foto, Correio 24horas. 

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