Depois de mais de 30 anos os sambistas de Brasília terão garantida a realização do carnaval do Distrito Federal em 2012. Nesta quinta (15) deve ser votado o projeto de lei n. 637/2011, que pretende dispõe sobre a realização da festa será votado na próxima quinta-feira (15). Os últimos ajustes foram feitos em reunião na segunda (12) e tiveram a colaboração dos dirigentes e integrantes das escolas de samba com os deputados Chico Vigilante (PT) e Liliane Roriz (PSD).
O projeto de autoria do Executivo quer dar mais independência e dignidade ao carnaval de Brasília e representa um primeiro passo para tornar a festa um produto de atração turística para a capital federal. Os sambistas propuseram intervenções ao projeto. As contribuições serão repassadas às comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Comissão de Orçamento e Finanças (Ceof) e Comissão de Assuntos Fundiários (CAS), em que o projeto tramita.
Para Chico Vigilante, ao garantir segurança jurídica para o carnaval, o carnaval será profissionalizado e independente do governo, citando o carnaval do Nordeste como exemplo de atração turística e impulsionador da economia regional. Já Liliane Roriz (PSD) afirmou que apoiar o carnaval de Brasília é importante, mas que muitos governos não deram este devido crédito. “O carnaval só precisa de apoio porque temos artistas fabulosos”, disse.
Compromisso de campanha – O presidente da União das Escolas de Samba de Brasília (Uniesb) Pará lembrou que foi compromisso de campanha do governador Agnelo Queiroz, que afirmou dentro de um barracão criar a lei com as sugestões feitas pelos carnavalescos. “A lei nos dará tranquilidade para prepararmos o carnaval e dignidade para tornar o carnaval um produto de tração turística”, disse.
O deputado Chico Vigilante relembrou nomes importantes que participaram da história do carnaval do DF, como Passarito, ex-presidente da liga das escolas de samba de Brasília. “Eles plantaram a semente. Ela ficou na terra e vai germinar a partir de agora”, disse. Chico entende que houve muita negligência com o carnaval de Brasília ao longo do tempo, quando foi aceito o velho discurso de não poder tirar dinheiro da saúde para a festa popular. “O carnaval tem que ser encarado como uma indústria do entretenimento. À medida que o Brasil cresce, com mais gente trabalhando, precisamos desenvolver meios de atrair essas pessoas para cá”, afirmou o parlamentar.