Enfermeira que matou yorkshire é punida: multa de 3 mil reais…

Publicado em: 21/12/2011

“Chegará o tempo em que o homem conhecerá o íntimo de um animal e nesse dia todo crime contra um animal será um crime contra a humanidade”. Assim falou Leonardo da Vinci. Em Formosa, Goiás, uma enfermeira espancou até a morte um cão da raça yorkshire, na presença da filha de 1 ano e meio. Na casa vizinha, uma visita ouvira os gemidos da cdelinha Lana e decidiu filmar e entregar à polícia. Tudo isso aconteceu ainda em novembro, mas o vídeo só veio à tona na última sexta (16/12).

De lá pra cá, muita polêmica foi gerada e a mais nova foi a única punição lhe foi imputada atá o momento: Camilla Correa Alves de Moura Araújo dos Santos, 22 anos disse nesta terça (20) em depoimento que deu “palmadas” por causa da bagunça que a cachorra Lana fez em casa, enquanto a família almoçava fora. Então foi “punida” pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 3 mil.

Esse é o maior valor que pode ser estipulado pelo artigo 29 do Decreto nº 6514 da Legislação Ambiental, em casos de abuso e maus-tratos a animais silvestres ou domésticos. De acordo com o órgão, a mulher tem até 20 dias para apresentar defesa e se entrar com recurso, a multa pode ser extinta ou reduzida ao valor mínimo de R$ 500. A penalidade é administrativa e não depende das demais investigações.

Atrás das grades – Com ares de vítima, a enfermeira disse em entrevista à imprensa e afirmou que só teve noção das pancadas, quando viu o vídeo e que perdeu tudo, a casa, a vida e está sendo ameaçada. Ou seja: está presa fora da cadeia. Segundo o artigo 32 da Lei 9.605 da Legislação Ambiental, a pena para “ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados é detenção de três meses a um ano e pode se estender até um ano e quatro meses, caso o animal venha a óbito.

Amnésia – No depoimento prestado ao delegado Carlos Firmino Dantas, na 1º Delegacia de Formosa, acompanhada de dois advogados Camilla tentou se justificar: “Eu agi daquela forma mas não tinha noção do que isso causaria”, justificou a enfermeira. “Não fiz (espancamento) por raiva nem por estar nervosa. Fiz assim como se fosse uma coisa normal”. Ela disse que não se lembra de ter lançado a cadelinha sobre o piso da área de serviço, nem soube explicar como o animal foi parar no pátio do prédio, onde foi encontrado pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Ela disse também ao delegado que teria tido “problemas” com a vizinha do apartamento superior, onde foi feito o vídeo que mostra a enfermeira espancando a cadela . Sobre os vizinhos, ela disse: “Eles faziam barulho e lançavam lixo na área de serviço do apartamento”. Realmente, um argumento indefensável. Esta escriba está curiosa pra saber quanto tempo demora para a defesa alegar disforia menstrual, a famosa TPM. 

Inquérito – O vídeo flagrante teve mais de 2 milhões de acessos e esteve durante quase toda a entre o assuntos mais comentados, não só na internet. O cinegrafista amador já falou à Polícia e Camilla foi ouvida por cerca de uma hora. A filha de Camilla será avaliada por psicólogos nos próximos dias e ela pode perder a guarda da criança.

O delegado pretende ouvir, agora os militares, um bombeiro e três policiais que estiveram no local e o marido de Camilla, um médico do Programa de Saúde da Família, para investigar onde está o corpo da yorkshire para através de autópsia “descobrir” as causas da morte. A enfermeira saiu da delegacia escoltada por policiais. O local e data foram mantidos em sigilo, para evitar reações populares.

As informações são da Agência Estado. Foto, reprodução.

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