A crise política que se instalou em torno do governador do Distrito Federal, após acusações de envolvimento em supostos esquemas de corrupção no Ministério do Esporte, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e até em sua família não foi o tema desta segunda (19), durante encontro no Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF). Agnelo Queiroz anunciou um pacote de obras para o DF no valor R$ 778,1 milhões na área de construção civil.
Algumas dessas obras devem começar de imediato e o governo repassou R$ 193,6 milhões para a construção de 266km de ciclovias além da implantação do Parque Burle Marx. Outras serão licitadas e já têm recursos previstos. Para as obras já previstas em editais publicados, foram destinados R$ 141,6 milhões que deverão ser gastos na construção de 141 Pontos de Encontro Comunitário (PEC) e mais 350 mil metros quadrados de calçadas.
Agnelo adiantou que, de modo geral, são investimentos para facilitar o trânsito, como a construção de ciclovias e a ampliação dos acessos diretos dos eixos W e L ao Eixão. “Para enfrentar os constantes alagamentos causados no período chuvoso, investiremos R$ 350 milhões no programa Águas do DF”, disse Agnelo.
Além do governador também estiveram no encontro o secretário de Obras, Oto Guimarães, o vice-governador, Tadeu Filippelli, o presidente da Novacap, Juvenal Batista Amaral, administradores regionais, representantes da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF) e da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco).
Investimentos na Copa – O governador lembrou que, apesar de a maior parte do investimento ser voltado para adequar a Capital Federal para a Copa das Confederações em 2013, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, “esta ação deixará um grande legado para a cidade”. Agnelo acrescentou que sem os eventos esportivos, o Distrito Federal levaria uns 30 anos para alcançar o estágio de desenvolvimento que se propõe para os próximos dois anos.
Licitações – Serão licitadas obras no valor total de R$ 439 milhões. Os editais devem ser publicados no prazo de 30 dias, para urbanização dos setores Sol Nascente (1ª Etapa) e Riacho Fundo II (4ª Etapa) e também os editais do programa Águas do DF, que prevê reforço e expansão das redes de drenagem pluvial no Plano Piloto e Taguatinga, para tentar acabar com os alagamentos.
Comitê Emergencial – Agnelo Queiroz assinou no mesmo ensejo, o Decreto criando um Comitê Emergencial para análise e aprovação de projetos, tentando agilizar mais de 500 projetos parados nas administrações do DF. As principais metas são a liberação de alvarás para comerciantes, legalização de áreas residenciais e comerciais e projetos gerais para as regiões.