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Professores e auxiliares “readaptados” cobram mais respeito e valorização

Publicado em: 11/10/2011

Professores e auxiliares de ensino afastados do trabalho por doenças profissionais querem que a Secretaria de Educação ofereça a eles mais respeito e valorização quando retornarem às escolas públicas. A reivindicação foi reforçada hoje (10), em audiência pública promovida pela deputada Rejane Pitanga (PT). O debate sobre  os problemas enfrentados por profissionais de ambas as categorias atraiu dezenas de funcionários readaptados ao plenário, além de dirigentes sindicais e o secretário de educação, Denílson Bento.

“Temos que acabar com o tratamento desumano que esses profissionais estão recebendo no retorno ao trabalho”, pregou Rejane Pitanga, ao lembrar que muitos desses profissionais são tratados com desrespeito e preconceito quando precisam confirmar que estão com problemas de saúde relacionados ao trabalho.

A pesquisadora do departamento de psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Ana Magnólia, defendeu em sua exposição a necessidade de o Estado oferecer programas de reabilitação profissional, explicando que os profissionais readaptados sofrem  com o sentimento de exclusão e abandono. “O trabalho tanto pode curar como adoecer a pessoa”, enfatizou.

A diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Maria José (Zezé),  criticou duramente o modo como os professores e auxiliares de ensino readaptados são tratados pela Secretaria de Educação. “Precisamos de políticas públicas que garantam um novo olhar para a educação, com adoção de medidas preventivas à saúde dos profissionais”, defendeu. Ela ressaltou ainda que muitos professores têm gratificações reduzidas quando precisam se afastar de suas funções.

Reambientação – O secretário de educação do DF, Antônio Bento, assegurou aos professores e auxiliares de ensino que tem como meta garantir melhor ambientação aos profissionais, quando do retorno ao trabalho. Ele frisou que assumiu a pasta há poucos dias, “mas desde os tempos de sindicalista já tinha essa preocupação”. Ele defendeu a necessidade dos professores voltarem às salas de aula, em vez de serem aproveitados em funções desviadas de “auxiliares de auxiliares de auxiliares”.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) fez um apelo para que a relação entre a Secretaria de Educação e os professores seja mais humanizada. “É preciso acabar com essa cadeia de vitimização”, exortou, ao criticar a forma “desrespeitosa” como os profissionais de educação são tratados quando vão se submeter  à perícia médica. “Eles não podem ser vistos como fraudadores”, advertiu.

Zildenor Ferreira Dourado – Coordenadoria de Comunicação Social
Foto: Fabio Rivas/CLDF
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