O clima esquentou nesta quarta-feira (31) na Comissão de Educação e Saúde da Câmara Legislativa. Os deputados receberam a visita da secretária de Educação, Regina Vinhaes, que apresentou um balanço da pasta e também projetos para o futuro. Mas foi durante os questionamentos dos parlamentares que o debate ficou tenso, com troca de farpas entre governistas e oposicionistas.
Regina fez uma explanação de aproximadamente 40 minutos. Depois, falaram os deputados Professor Israel (PDT), Chico Leite e Rejane Pitanga, ambos do PT. Todos elogiaram a postura da secretária e disseram que o DF está melhorando consideravelmente sua educação. No entanto, foi quando questionada pela deputada Eliana Pedrosa (DEM), única da oposição a perguntar, que o debate ficou tenso.
Em primeiro lugar, Eliana apresentou uma lista com 25 perguntas a serem respondidas. No mesmo instante, Rejane Pitanga sugeriu para que ela fizesse apenas três e encaminhasse as outras posteriormente à Secretaria em decorrência do avançado da hora. A reunião teve início às 10h30 e naquele instante o relógio marcava 12h15. Eliana não aceitou e justificou sua postura. “Tenho em minhas mãos seis requerimentos feitos durante o ano à Secretaria, com prazos vencidos, e que não foram respondidos. Não sei por que não respondem ou se a secretária tem conhecimento deles”, afirmou.
Rejane voltou a pedir para que a proposta fosse acatada. Mas Eliana continuou. “Escutei a todos com muita paciência. Até deputados que não são da comissão falaram primeiro. Gostaria de ter as respostas, pois de outra forma não estou conseguindo obtê-las”, insistiu. Até aquele momento, a secretária havia respondido apenas três perguntas feitas por Rejane Pitanga.
O presidente da comissão, deputado Washington Mesquita (PSDB), sugeriu então que outro encontro fosse agendado para o dia 20 de setembro, com a presença da secretária. Eliana acatou a proposta, mas realizou algumas perguntas à Regina. A primeira delas, quais contratos foram cancelados este ano? Regina dissera que a Educação tinha passado por um processo de privatização. No entanto, não especificou que contratos levaram à constatação.
Outra pergunta de Eliana foi embasada na declaração de Regina anteriormente. A secretária disse, minutos antes, que o Programa de Erradicação do Analfabetismo era todo terceirizado e que isso não era o ideal. Mas, na mesma explanação, afirmou que o governo estava
firmando novos convênios para ampliar a oferta de vagas. Eliana quis saber qual era realmente as pretensões do governo. “Pretensão é um ato de fé. Não colocamos no papel”, respondeu a secretária Regina Vinhaes.
Como já se aproximava das 13h, o presidente da Comissão de Educação e Saúde resolveu encerrar a reunião, que contou ainda com as presenças dos deputados Evandro Garla (PRB) e Luzia de Paula (PPS). Um novo encontro está previsto para 20 de setembro.