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Telhado verde na Câmara Legislativa

Publicado em: 08/07/2011

O deputado Wasny de Roure (PT) protocolou na Câmara Legislativa três projetos de lei que disciplinam projetos de edificações – residenciais ou não – no DF, com o objetivo de combater as agressões provocadas ao meio ambiente pelas grandes aglomerações urbanas. As iniciativas determinam a aplicação de soluções construtivas que tenham menores impactos ambientais, que atendam à preservação dos espaços naturais e a relação do homem com a natureza.

Telhado verde – Esse projeto determina que as edificações com mais de três unidades agrupadas verticalmente deverão prever a construção do “telhado verde”, para a aprovação pela administração regional. O telhado verde é a aplicação e uso de solo e vegetação sobre uma camada impermeável, instalada na cobertura ou laje. Deve resistir ao clima tropical e as variações de temperatura, além de usar pouca água, para não servir de reservatório a mosquitos como o Aedes Aegypti.

Benefícios – Para o deputado Wasny, o teto verde é uma alternativa viável e sustentável, porque facilita o gerenciamento de grandes cargas de águas pluviais, promove melhoria térmica e de serviços ambientais. Além do mais, proporciona um ambiente muito mais fresco do que outros telhados, mantendo o edifício protegido de temperaturas extremas, especialmente no verão, reduzindo em até 3ºC.

Esse tipo de telhado também mantém a umidade relativa do ar constante no entorno da edificação, forma um microclima, purifica a atmosfera e contribui no combate ao efeito estufa.

Os custos de instalação de um telhado verde dependem do sistema e tecnologia adotados. Atualmente existem no Brasil tecnologias eficazes e simples de telhados verdes, permitindo rápida amortização do investimento. Outro fator de economia é a extensão da vida útil de uma cobertura com telhado verde em relação à convencional.

Captação de energia solar

Para a obtenção das aprovações e licenças, passa a ser obrigatória a implantação de sistema de captação de energia solar em todos os projetos de edificações no Distrito Federal. É o que prevê esse projeto que, no entanto, não exclui a análise das questões de sombreamento de edificações vizinhas.

A mudança na matriz energética faz parte das ações que o Brasil está adotando para amenizar os efeitos do aquecimento global. A disseminação do uso de aquecimento solar está prevista no Plano Nacional sobre Mudanças do Clima e visa diminuir a demanda por energia gerada em hidrelétricas, que emite gases estufa.

Devido às grandes vantagens que possui, não só econômicas, como ambientais, a energia solar – uma fonte limpa e inesgotável – se apresenta cada dia mais como a grande solução energética para o planeta.

Aproveitamento de água de chuva

O terceiro projeto defende a obrigatoriedade da implantação de sistema para captação e retenção de águas pluviais, coletadas por telhados, coberturas e terraços, nos projetos de edificações, que tenham área impermeabilizada superior a 300m².

A água armazenada deverá ser utilizada para fins não potáveis, tais como: descarga em bacias sanitárias, irrigação de gramados e plantas ornamentais, lavagem de veículos, limpeza de calçadas e ruas, limpeza de pátios, espelhos d’água e usos industriais. O volume não aproveitável da água de chuva também poderá ser lançado na rede de galerias de águas pluviais.

Em alguns países, a captação de águas pluviais já ocorre há alguns anos. Segundo o deputado Wasny, as principais vantagens do aproveitamento desse tipo de água são a redução do consumo de água da rede pública e do custo de fornecimento e o combate ao desperdício de água potável, onde ela não é necessária.

Em todos os projetos, o Executivo é autorizado a realizar campanhas, promover cursos e palestras para a divulgação das técnicas necessárias a realização dos serviços.

 

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