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Novamente, muitos debates e nenhuma votação

Publicado em: 06/04/2011

Se nos contentássemos com pouco, diríamos que na sessão plenária dessa quarta-feira (06) não houve votação, mas pelos menos teve debate. Mas não é o caso. Com atraso, a sessão foi aberta por volta das 15h45, pelo vice-presidente da casa, Dr. Michel (PSL).  Houve discussões, mas mesmo assim a impressão é de mera formalidade por não haver nenhuma decisão ou ação efetiva. Logo no início, até havia maioria simples no plenário – que é de 13 parlamentares, e 15 estavam presentes –, mas nem as votações que exigem esse critério não ocorreram.

Nos comunicados dos líderes, o líder do governo, Wasny de Roure (PT), subiu à Tribuna para defender a democratização do acesso à universidade, por meio da Universidade do Distrito Federal. O deputado também defende a criação de uma Escola Técnica, no terreno do Clube do Servidor próximo à UnB. A intenção é que, caso seja criada a escola, os futuros alunos possam ter acesso à biblioteca da universidade. O deputado teve apoio de Rejane Pitanga (PT). Para ela, o ensino superior no Brasil segue “uma lógica perversa”. “Os filhos da escola pública entram na universidade particular, e aqueles da escola particular tem acesso à universidade pública”, disse. A sessão que começou presidida por Dr. Michel, posteriormente, passou a ser liderada por Raad Mansur (DEM).

Ainda dentro da parte de comunicados de líderes, o deputado Chico Vigilante (PT), líder do bloco PT-PRB, não abriu mão da oportunidade de falar. Ele atribui a falta de votações da Casa, a uma fraca base de governo. “Numa quarta-feira, dia de votação, o poder legislativo está parado. Temos importantes votações como a do Plano Diretor de Transporte Urbano. Temos uma base de faz de conta”, alegou, referindo-se aos 19 deputados considerados governistas.

A deputada Celina Leão (PMN), também fez uso da palavra. A parlamentar, conhecida por ser representante da juventude de Brasília, falou sobre a visita que fez ao Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje). A distrital falou sobre os gastos, e das condições insalubres a que os jovens internos da instituição são submetidos. “Quero deixar clara a minha indignação, é algo deprimente. Um interno custa sete mil reais por mês. Com esse dinheiro, o que não poderíamos fazer como medida preventiva?”, indagou. Celina ainda manifestou sua insatisfação perante as poucas votações realizadas. “Como oposição, até agora só votamos projetos do Executivo. Eu também tenho meus projetos”, afirmou.

Com o decorrer da sessão, o plenário foi se esvaziando. Nesse momento, quem presidia a assembléia era o 3º Secretario da Mesa Diretora, deputado Joe Valle (PSB). Nos últimos instantes ao encerramento, Chico Vigilante ainda citou a necessidade de se rever o Regimento Interno da Casa, já que com deputados de licença médica, o número de parlamentares, para se atingir a maioria, poderia ser menor. Sessão encerrada. Dos 15 deputados do início, cinco permaneceram até o fim.

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