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A quem interessa o denuncismo¿

Publicado em: 23/03/2011

A mais nova denúncia publicada pelo Correio Braziliense hoje (23), envolve o nome da deputada Liliane Roriz (PRTB). Na matéria, a distrital foi citada como beneficiada num esquema de corrupção, na gestão de seu pai, o ex-governador Joaquim Roriz. Enquanto isso, na Sessão Plenária desta quarta-feira (23), parlamentares utilizam o tempo destinado a importantes votações, para se defender das acusações. Com mais essa denúncia, já são duas, só nesta semana, propagadas pelo veículo. Mas, pelo tom de ameaça de alguns parlamentares, a história ainda promete novas acusações, e menos votações.

A matéria revela que Roriz beneficiou uma construtora, autorizando uma operação financeira de empréstimos no Banco de Brasília (BRB), para a construção de dois edifícios residenciais em Águas Claras. Em troca, o ex-governador teria recebido 12 apartamentos. A reportagem ainda cita que os bens dos envolvidos foram bloqueados por decisão da Justiça, inclusive os de Roriz. A filha da deputada distrital Liliane Roriz, Barbara Maria Roriz, teria ganhado dois apartamentos, e no contrato fictício, de compra e venda, foi representada pela mãe, já que tinha 16 anos na época.

Posteriormente, por volta das 10h30, o jornal publicou uma errata que dizia que o ex-governador Joaquim Roriz não teve seus bens bloqueados. A medida jucicial só afetou sua irmã, a deputada federal Jaqueline Roriz; o esposo de Jaqueline, Manoel Neto; o ex-governador José Roberto Arruda; e o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa. O bloqueio também não se estendeu à deputada distrital Liliane Roriz. Para ela, essas divulgações inconsistentes é uma irresponsabilidade da imprensa. “Isso é uma falta de pudor muito grande e a gente até desconfia que tenha um dedo do executivo, do próprio governador do Distrito Federal”, disse a parlamentar, sem citar qual seria o propósito do executivo.

Com mais essa acusação, já são três as denúncias que têm causado muito falatório nos bastidores da Câmara. Os deputados envolvidos são Celina Leão (PMN), Liliane Roriz, e Chico Vigilante (PT) (veja as denúncias no quadro abaixo).

De volta à sala de justiça, quer dizer, à sessão plenária, os protagonistas dos supostos escândalos se encontram e se cumprimentam com beijos e abraços. Os jornalistas aguardam ansiosíssimos o momento em que os denunciados sobem à tribuna para fazer uso da palavra. Chico Vigilante começa aquecendo o debate se defendendo da representação do misterioso Sr. Estanley. O deputado ainda deixa “no ar” que mais novidades surgirão. “Existia uma quadrilha na Administração de Samambaia, há uma investigação sendo realizada pelo Núcleo de Combate ao Crime Organizado do Ministério público do Distrito Federal, e pela Polícia Civil do DF. Muita coisa ainda vai surgir”, promete o deputado.

Mesmo com a troca rivalidade entre a base governista e a oposição, é coisa comum a “gentileza” entre os deputados. A deputada Celina Leão, mesmo encaminhando um requerimento pedindo a representação na denúncia contra Chico Vigilante, solidariza-se com o deputado. “Fica aqui a minha solidariedade pelo o que o senhor está passando, e eu estou passando a uma semana”, disse a distrital. Para a ela, está havendo uma onda de “denuncismo”. “Não vou me calar, sou uma mulher forte. Sair na primeira capa de um jornal, sem ter provas, é uma coisa bem grave”, afirma Celina Leão.

Parlamentares

Acusações

Celina Leão

O Correio Braziliense denunciou um esquema de corrupção na Administração Regional de Samambaia e na Câmara Legislativa, com o beneficiamento de empresas de parentes, e contratação de funcionários fantasmas. Porém, as testemunhas se mantiveram no anonimato e não foram apresentados fatos concretos. 

Chico Vigilante

O programa Fantástico apresentou matéria que denuncia a indústria das multas, por meio dos radares e lombadas eletrônicas, alegando que, esta, fatura R$2 bilhões por ano. As empresas citadas são Perkons e Engebrás, que instalam barreiras eletrônicas e pardais, respectivamente. A representação contra Chico está nome de Estanley de Almeida Leite, cujo CPF, não foi encontrado em pesquisa no Portal da Receita.  A denúncia alega que na prestação de contas da campanha eleitoral de 2010, a Engebrás é uma das doadoras para a campanha do deputado.

Liliane Roriz

Em esquema, também, denunciado pelo Correio Braziliense, Liliane Roriz, representou sua filha, Barbara Maria Roriz, numa compra fictícia de dois apartamentos. Segundo o veículo, os imóveis são frutos de uma negociação onde, o então, governador Roriz, autorizou uma operação de empréstimos no Banco de Brasília (BRB), para a construção dos dois edifícios. Em troca, teria recebido 12 apartamentos.   Dois destes, para a neta Barbara.

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