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Revoltas se espalham pelo mundo árabe

Publicado em: 18/02/2011

Revoltas se espalham pelo mundo árabe

Internacional: Líbia, Bahrein, Iêmen, Argélia e Irã entram em ebulição

17/02/2011
Fonte:http://brasildefato.com.br

Desde o estopim acendido nos protestos na Tunísia, o mundo árabe segue em forte ebulição. Os egípcios permanecem mobilizados nas ruas das principais cidades do país, mesmo depois da renúncia do presidente Hosni Mubarak na última sexta-feira (11).

Os manifestantes intensificaram os protestos em defesa de aumentos salariais e melhorias das condições de trabalho. Nesta quarta-feira (16), foram registradas paralisações e concentrações no Delta do Nilo, nas cidades ao longo do Canal do Suez, no Cairo e em Alexandria. Os bancos reabriram suas portas, mas a Bolsa de Valores do Cairo informou que só retornará às atividades no domingo (20). Depois da suspensão da greve marcada para o último domingo (13), os empregados da maior fábrica do Egito voltaram ao protesto para exigir aumentos salariais e melhores condições de trabalho, um dia depois do Exército ter alertado para as consequências “desastrosas” de uma nova contestação social. Houve protestos também em outra grande fábrica têxtil, em Helwan, nos arredores do Cairo.

Em Ismaïliya, no Canal do Suez, os empregados dos serviços públicos de irrigação, educação e saúde reivindicam melhores salários. Enquanto isso, um grupo de juízes e especialistas em leis começou nesta quarta-feira a alterar a Constituição do Egito, com foco especial para artigos que permitam uma ampla participação nas próximas eleições gerais. O trabalho iniciou depois de uma reunião dos magistrados com o chefe da Junta Militar que governa o país. Revoltas As revoltas no Egito e na Tunísia, que provocaram a deposição do então presidente do país, Zine al-Abidine Ben Ali, no final de janeiro, se espalharam para outros países da região. Os protestos, em geral, pedem melhores condições de vida e mais liberdade para a população. Na Líbia, uma grande manifestação está programada para esta quinta-feira (17), chamada de “Dia da Fúria”.

Na quarta-feira, cerca de 40 pessoas ficaram feridas durante confrontos entre ativistas de oposição, governistas e a polícia na cidade de Benghazi, a segunda maior do país. A tensão teria sido desencadeada pela prisão de Fathi Terbil, um advogado e crítico do líder líbio Muamar Khadafi, governante há mais tempo no poder no mundo árabe, desde 1969. Em Bahrein, forças de segurança dispersaram milhares de manifestantes que protestavam contra o governo no centro de Manama, capital do país, na madrugada desta quinta-feira (17). Centenas de policiais da tropa de choque entraram na praça onde se concentravam os manifestantes usando bombas de gás lacrimogêneo e golpes de bastão. Segundo grupos de oposição, pelo menos duas pessoas morreram durante a operação policial e cerca de cem ficaram feridos.

Durante a semana, outras duas pessoas já haviam morrido e dezenas ficado feridas em confrontos. No Iêmen, pelo menos uma pessoa morreu e diversas se feriram em meio a confrontos em duas cidades do país, no sexto dia consecutivo de protestos contra o governo. O presidente Ali Abdullah Saleh está no poder há mais de 30 anos e alega que pretende deixar o cargo a partir de 2013. Seus opositores, no entanto, pedem sua saída imediata. Segundo a agência estatal Saba, o mandatário afirmou que as manifestações são parte de uma “agenda estrangeira” contra ele e contra os demais líderes da região. No sábado (12), a polícia da Argélia entrou em confronto com manifestantes que protestavam contra o governo de Abdelaziz Bouteflika na capital, Argel. Centenas de pessoas foram detidas e levadas do local. Argel já havia registrado confrontos entre manifestantes e policiais em janeiro deste ano, em meio a protestos contra o desemprego, os preços dos alimentos e as más condições de moradia. Os protestos populares são proibidos na Argélia devido a um estado de emergência que dura desde a guerra civil de 1992. No início de fevereiro, o presidente afirmou que a situação seria suspensa “em um futuro muito próximo”. No Irã, ativistas contrários e favoráveis ao governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, se enfrentaram na quarta-feira durante o funeral de um estudante foi morto em protestos contra o governo realizados na segunda-feira.

Em entrevista à TV local, Ahmadinejad afirmou que “inimigos” estão tentando “manchar o esplendor da nação iraniana”. (Com informações de agências)

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