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Parlamentares não têm comunicação direta com eleitor, diz pesquisa

Publicado em: 27/11/2011

A maior parte dos congressistas brasileiros ainda não entrou na era das redes sociais. É o que aponta a pesquisa “Político 2.0”, promovida pela Medialogue Digital. Os dados apontam que a maioria dos 513 deputados e 81 senadores até criou perfis em redes sociais como Twitter e Facebook, mas a maioria abandona.

Blogs e e-mails também não são prioridade. Somente um em cada quatro deputados e senadores usam esse tipo de ferramenta e cerca de três em cada quatro deputados e 86% dos senadores sequer respondeu à mensagem enviada pela pesquisa. O coordenador da pesquisa, Alexandre Secco, afirmou que os parlamentares ainda estão na era do papel, usando a internet como via de mão única onde a participação do eleitor é contemplativa.

Claro que há parlamentares que utilizam frequentemente essas ferramentas. A pesquisa aponta ACM Neto (DEM-BA), Dr. Rosinha (PT-PR), Fernando Francischini (PSDB-PR), Geraldo Resende (PMDB-MG), Glauber Braga (PSB-RJ), João Paulo Cunha (PT-SP), Paulo Pimenta (PT- RS) e Zeca Dirceu (PT-PR) como os mais influentes.

O deputado Romário (PSB-RJ) se destaca por ter o maior número de seguidores no Twitter. Já Anthony Garotinho (PR-RJ) chama atenção por ser o deputado que mais usa o Twitter. Do lado dos senadores, o mais atuante é Aloysio Nunes (PSDB-SP).

A pesquisa reuniu mais de 70 mil dados entre os dias 27 de junho e 9 de setembro para produzir um mapa do poder digital no Brasil. O levantamento mostra quais tipos de mídias digitais estão em uso e, sobretudo, analisa como estão sendo usadas para estreitar o relacionamento entre a população e seus representantes.

Distritais na rede – Ao ler os dados divulgados pela Midialogue, o Câmara em Pauta fez uma pesquisa “observativa” onde constatou que os deputados distritais que mais usam a internet são Celina Leão (PSD), Eliana Pedrosa (PSD) e Dr. Michel (PSL). A deputada Luzia de Paula (PPS) não tem página na internet e os demais têm blog ou site, mas não atualizam com muita frequencia.

Também na nossa pesquisa constatamos através de sites especializados em SEO (Search Engine Optimization)  que os sites dos distritais aparecem sem nenhuma pontuação. Ou seja; é muita baixa sua visitação.

O CP também observou que os deputados distritais, usam como fonte das suas leituras os tradicionais jornais, não prestigiando a mídia alternativa que lhes dão muito mais visibilidade que a mídia tradicional.

Na contramão – Em 2010, uma outra pesquisa apontou que os jovens brasileiros usam cada vez mais a internet como ferramenta para engajamento político. A conclusão foi da agência Box1824 e o instituto Datafolha, que ouviram brasileiros com idades entre 18 e 24 anos, onde 59% dos entrevistados afirmaram não ter nenhuma preferência partidária e 71% consideram a web um meio para fazer política.

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