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PSD já é segunda bancada na Câmara Legislativa

Publicado em: 26/10/2011

O Partido Social Democrata (PSD) nasce grande no país, e mesmo ainda muito verde mostra sua força também no Distrito Federal. A legenda já é a segunda maior na Câmara Legislativa do DF, atrás apenas do PT, com quatro deputados distritais filiados: Washington Mesquita, Eliana Pedrosa, Celina Leão e Liliane Roriz, que seguiu os colegas no último final de semana, depois de um convite do amigo e presidente regional da sigla, Rogério Rosso. Fontes na Câmara indicaram ao Câmara em Pauta que mais um deputado pode se filiar ao PSD ainda nesta quarta-feira (26).

O partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, surge com mais de 144 filiados, 48 deputados federais no exercício do mandato – a terceira maior bancada da Câmara, ao lado do PSDB – e dois senadores.  E começa também com vários problemas, como irregularidades em quase 20 mil inscrições (14% do total), devido à falta de documentos ou duplicidade de inscrições partidárias e uma investigação da lista de apoiadores, por parte do Ministério Público, a partir de denúncias de que constariam nomes de pessoas mortas, assinaturas duplicadas ou mesmo reconhecidas como falsas por seus reais signatários.

Formado por uma aglutinação de variadas tendências políticas, o PSD evitou problemas entre seus filiados e apoiadores ao assumir uma posição centrista e aberta a negociações pontuais. Foi assim que permitiu dialogar o apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff no Congresso Nacional e, ao mesmo tempo, recebeu a adesão em Brasília de deputados distritais avessos ao governo de Agnelo Queiroz – vale lembrar que ambos os governos são liderados pelo Partido dos Trabalhadores.

Para a deputada Eliana Pedrosa não há contradição: “Como recebeu pessoas de vários outros partidos, não poderia delimitar uma regra comum agora. Cada um de nós, que está chegando, precisa prestar contas aos seus eleitores e ser coerente com sua prática política. Esse arranjo será feito naturalmente até as próximas eleições”, explicou. Para a deputada, o PSD oferece a oportunidade de discutir novas idéias e de criar um projeto consistente para o DF.

A deputada Liliane Roriz, que se diz “geneticamente de oposição”, garante que o direito de assumir uma postura independente em relação ao governo foi fundamental para ela aceitar o convite de Rogério Rosso, presidente regional do PSD. “Sempre tive uma relação de confiança com meu amigo Rosso, que me deu liberdade, e com quem vinha mantendo contatos desde o início. Estou muito feliz, pois é um partido que possui estrutura e me permite atuar com mais eficiência na defesa dos interesses de meus eleitores”.

O líder do PT, deputado Chico Vigilante, disse que não se surpreende com o crescimento do partido, nem teme que a oposição se fortaleça. “O meu colega, deputado Washington Mesquita, por exemplo, é aliado. Não há com que nos preocuparmos, a base do governo é grande o bastante para aprovar todos os projetos necessários. Estamos tranquilos, quem tem que se preocupar é a oposição, pois foram o PSDB e o DEM que perderam representantes”.

O deputado Raad Massouh (DEM), único da legenda na Casa depois das mudanças, diz que não há mágoas e que a relação com os colegas continua a mesma. “Também me convidaram para o novo partido. Mas sempre fui do DEM e preferi continuar meu trabalho”, justificou. Com a criação do PSD, o PSDB ficou sem nenhum deputado distrital na atual legislatura.

 

 

 

 

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