Neste sábado (22) é o “Dia Mundial sem carros”, em Brasília, a data será comemorada com o Vaga Vida, evento em frente ao Conjunto Nacional e várias atividades serão oferecidas. Segundo os organizadores, vai ter pipoca, brincadeiras para a criançada, oficina "Aprenda a Pedalar", gincanas, torneios, debates, apresentações culturais, brechó da bicicleta, feira de trocas, cine pedal, teatro e jogos infantis.
Os organizadores pretendem ainda cumprimentar os motoristas de transportes coletivos. O evento promete ser uma excelente oportunidade de divertir e de aproveitar para respirar um ar menos poluído.
O evento deve ter ainda doação de filhotes de animais domésticos, mas o Câmara em Pauta quer convidar a uma pequena reflexão sobre este item da doação, já que existem várias coisa a considerar antes de decidir pela adoção de um animal.
Compartilhamos aqui as questões levantadas pela Simone de Lima, da ProAnima, organização de proteção animal. Vale dizer que a organização do evento atendeu ao apelo.
"POR FAVOR, gente, revejam essa idéia. Esse é um evento pela vida e pela sustentabilidade, e não rima com irresponsabilidade para com a vida.
Vamos refletir?
Animais são vida e são uma GRANDE responsabilidade que se assume, inclusive financeira, mas não apenas, por 10, 15, anos. Filhotes representam ainda mais trabalho, mais despesa, mais responsabilidade ainda.
A menos que o que vocês tenham em mente uma feira de adoção com critérios mínimos, oferecendo os animais vacinados, vermifugados, castrados e entregues na casa dos potenciais adotantes, para verificar a situação, o resultado pode ser desastroso. Na experiência do ProAnima eis as coisas que podem acontecer quando se "doam" filhotes randomicamente a quem passar pela frente , agindo por impulso:
a) a pessoa leva o animal de "presente" pra alguém que não quer, que então vai encaminhar pra outra pessoa sem critério algum, se não o abandonar;
b) a pessoa leva pra casa e lá descobre que os pais/ sogros/ filhos/ companheiros não querem, com o mesmo fim acima;
c) a pessoa muda de ideia e já abandona no meio do caminho (já vi isso acontecer);
d) a pessoa pega em vários filhotinhos fofos para escolher qual quer. Um filhote no evento está com cinomose. TODOS os outros, não vacinados, pegam. É uma doença desgraçada, sofrida e com altas chances de morte ou sequelas graves. Por isso defendemos que lugar de filhote é em casa, com a mãe, e não na rua, passando de mão em mão, até ser imunizado;
e) a pessoa leva pra casa uma gata filhote sem ser esterlizada. Com 4 meses ela já pode entrar no cio. Cruza com o gato do vizinho. Mais gatinhos no mundo sem lar;
f) idem acima, só que com cães;
g) a pessoa leva um filhote pra casa, descobre subitamente que dá muuuuuito mais trabalho que imaginava. No terceiro controle remoto, carteira ou celular destruído, mandam "dar fim";
h) a pessoa leva o animal para ser isca de rinha.
Esse é um evento pela vida e pela sustentabilidade, e não rima com irresponsabilidade para com a vida. Vamos refletir?"