“O que eles têm dito na oposição tem sido muito positivo”, disse, acrescentando que o trabalho no fundo pode ser retomado “muito rapidamente”, em questão de “semanas ou meses”, “contanto que a oposição faça o que diz que irá fazer”.

O Ministério do Meio Ambiente brasileiro não respondeu imediatamente a um pedido por comentários nesta quarta-feira.

O ex-ministro da pasta Ricardo Salles, cético sobre as mudanças climáticas, havia criticado a administração do Fundo Amazônia em 2019, fazendo alegações genéricas sobre irregularidades em premiações concedidas a organizações não-governamentais.

A Noruega disse na época que estava satisfeita com a administração dos fundos, rejeitando as críticas.

O Fundo Amazônia possui atualmente 3 bilhões de reais, segundo as ONGs.

Uma vez reiniciado, o fundo deve ser utilizado para restaurar a governança ambiental desmantelada por Bolsonaro, afirma Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, um grupo que representa 65 organizações não-governamentais brasileiras da área ambiental.

O dinheiro, por exemplo, “deveria ser utilizado para financiar operações de campo das polícias locais e federal para combater crimes ambientais” como o garimpo e a extração ilegal de madeira.

Posteriormente, os pagamentos ao fundo deveriam acontecer de acordo com o desempenho brasileiro para impedir o desacelerar o desmatamento, para estabelecer incentivos para proteger a Amazônia, afirmou Anders Haug Larsen, diretor de políticas da Rainforest Foundation da Noruega.

(Reportagem de Gwladys Fouche em Oslo; reportagem adicional de Gram Slattery no Rio de Janeiro)