Gaza, Territórios palestinos, 10 Ago 2018 (AFP) – Dois palestinos morreram e outros 70 ficaram feridos nesta sexta-feira por disparos de soldados israelenses entre Israel e a Faixa de Gaza, informou o ministério da Saúde do território palestino.
O primeiro foi um socorrista palestino atingido durante manifestações na fronteira. O agente da saúde “morreu por disparos de soldados israelenses ao leste da cidade de Rafah, no sul da Faixa, enquanto cuidava de feridos na área”, declarou o porta-voz ministerial, Ashraf al-Qedra que mais tarde informou sobre a morte de um homem de 55 anos.
O segundo morreu no mesmo setor, cenário de tensão mesmo depois que, na véspera, Israel e os islamitas do Hamas terem acertado uma trégua na escalada de violência.
Segundo um comunicado do Exército israelense, manifestantes atravessaram a fronteira e lançaram granadas contra as tropas israelenses. As tropas israelenses “identificaram uma série de infiltrações nas quais os suspeitos entraram (em Israel) e depois retornaram à Faixa de Gaza. Vários terroristas lançaram uma granada contra as tropas no norte” da Faixa, indica na nota.
Carros de combate israelenses abriram fogo contra duas posições do Hamas na Faixa “em resposta aos protestos violentos”, indicou o comunicado militar.
Milhares de pessoas – 9 mil, segundo o Exército israelense – participaram nesta sexta dos protestos que fazem parte da campanha denominada Grande Marcha do Retorno junto à cerca entre Gaza e Israel, na qual queimaram pneus e lançaram balões incendiários para território israelense.
A jornada de protestos coincide com o “acordo de calma” entre Israel e as milícias palestinas, lideradas pelo movimento islamita Hamas, que conteve a escalada de violência nesta quinta.
O Hamas, que controla Gaza desde 2007, denominou o protesto desta sexta como “Sexta-feira da liberdade e da vida” e pediu à população que participe destas mobilizações, que são convocadas desde 30 de março e nas quais morreram pelo menos 150 palestinos em incidentes violentos.
Do G1, UOL, Ag.Brasil