PMDF pede recall de submetralhadoras com falha em disparo

Publicado em: 22/01/2014

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) determinou que todas as submetralhadoras da fabricante Taurus modelo SMT.40, recém-adquiridas pela corporação, sejam submetidas a uma revisão. O motivo do recall foi uma falha encontrada no seletor de disparos de três armas. A PM não informou quantas submetralhadoras estão incluídas no recall, se algum policial se feriu por causa do defeito e quanto custaram as armas. A Taurus, que tem sede em Porto Alegre (RS), não se pronunciou até a publicação deste texto.

O Diretor de Patrimônio, Manutenção e Transporte da PM, tenente-coronel Alfredo Toledo Costa, relata em um documento de 27 de dezembro cujo teor foi divulgado pelo G1 nesta quarta (22), que três submetralhadoras apresentaram “disparos em rajada mesmo quando o seletor se encontrava na posição de tiro intermitente”. O documento tem data de 27 de dezembro.

Um vídeo publicado na internet uma semana antes do comunicado da PM mostra o resultado da falha encontrada no seletor da submetralhadora. Uma pessoa narra as imagens e outro suposto policial manuseia o armamento. Segundo o vídeo, ambos estão num estande de tiros do Bope. Um dos PMs afirma que o armamento “nunca foi mexido ou alterado pelo Batalhão de Operações Especiais” e que foi entregue à unidade pelo Centro de Suprimento da PMDF.

O documento distribuído aos comandantes de policiamento informa que a empresa Taurus já tem conhecimento do problema e que se prontificou a fazer o recall de todas as submetralhadoras. A revisão, segundo a circular, será feita nas próprias unidades de policiamento.

Compra – Em outubro do ano passado, a PM havia anunciado a compra de 400 armas do mesmo modelo, por R$ 1,5 milhão. Em sua página, a Polícia Militar justifica a compra da submetralhadora alegando que ela é mais leve e segura que modelos anteriores usados pela corporação.

De acordo com as especificações de fábrica, a SMT.40 pesa 3,2 quilos quando carregada e comprimento entre 47 centímetros e 68 centímetros, dependendo da posição da coronha. O preço unitário é de cerca de R$ 4 mil.

Recall – Em maio do ano passado, a PMDF anunciou a devolução de 3.453 pistolas elétricas e os respectivos cartuchos, compradas avaliadas em R$ 10,8 milhões, por falta de qualidade do material. De acordo com a corporação, elas seriam usadas para inibir crimes nas copas das Confederações e do Mundo, mas foram encontradas peças com mau funcionamento, frágeis e algumas danificadas. 

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